Mesmo com melhoras, Cantareira não tem previsões de recuperar primeira cota do volume morto até junho

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2015 11h56
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Vista aérea da represa de Jaguarí Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress Vista aérea da represa de Jaguarí

Sistema Cantareira precisa subir mais quinze pontos para recuperar a primeira cota do volume morto, o que não deve ocorrer até junho, início do período seco. O nível do sistema subiu de 14% para 14,3%, confirmando a melhora em março, depois da chuva recorde em fevereiro.

A Sabesp segue monitorando as condições dos mananciais e só na metade do ano vai decidir sobre a necessidade do racionamento. O professor de Hidrologia da Unicamp, Antônio Calor Zuffo, acha improvável o Cantareira atingir o volume útil até o inverno.

“Está pouco provável que nós consigamos recuperar o volume morto utilizado. Então, mesmo com as chuvas, a nossa projeção neste ano é que teremos problema de abastecimento. Isso significa que teria uma recuperação superior de 1% ao dia, mas o problema é que vamos entrar no período seco de seis meses”, explicou Zuffo. Ele ainda lembrou que sempre existe a chance de um inverno úmido, como foi o de 2013.

Em entrevista a Tiago Uberreich, o professor da Poli-USP, José Carlos Mierzwa, avaliou que dificilmente o Cantareira irá se recuperar em tempo. “Quando entra a época do inverno não temos mais chuvas significativas, mas obviamente temos uma utilização reduzida de água, mas para assegurar que essa reserva chegue até o próximo período chuvoso, pode ser necessário o racionamento”, disse.

O Sistema Alto Tietê, citado pelo professor José Carlos Mierzwa, está com 20,6%. A Guarapiranga, que hoje já é o principal produtor de água de São Paulo, chegou a 72,8%.

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