Mesmo com melhoras, Cantareira não tem previsões de recuperar primeira cota do volume morto até junho
Vista aérea da represa de Jaguarí
Vista aérea da represa de JaguaríSistema Cantareira precisa subir mais quinze pontos para recuperar a primeira cota do volume morto, o que não deve ocorrer até junho, início do período seco. O nível do sistema subiu de 14% para 14,3%, confirmando a melhora em março, depois da chuva recorde em fevereiro.
A Sabesp segue monitorando as condições dos mananciais e só na metade do ano vai decidir sobre a necessidade do racionamento. O professor de Hidrologia da Unicamp, Antônio Calor Zuffo, acha improvável o Cantareira atingir o volume útil até o inverno.
“Está pouco provável que nós consigamos recuperar o volume morto utilizado. Então, mesmo com as chuvas, a nossa projeção neste ano é que teremos problema de abastecimento. Isso significa que teria uma recuperação superior de 1% ao dia, mas o problema é que vamos entrar no período seco de seis meses”, explicou Zuffo. Ele ainda lembrou que sempre existe a chance de um inverno úmido, como foi o de 2013.
Em entrevista a Tiago Uberreich, o professor da Poli-USP, José Carlos Mierzwa, avaliou que dificilmente o Cantareira irá se recuperar em tempo. “Quando entra a época do inverno não temos mais chuvas significativas, mas obviamente temos uma utilização reduzida de água, mas para assegurar que essa reserva chegue até o próximo período chuvoso, pode ser necessário o racionamento”, disse.
O Sistema Alto Tietê, citado pelo professor José Carlos Mierzwa, está com 20,6%. A Guarapiranga, que hoje já é o principal produtor de água de São Paulo, chegou a 72,8%.
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