Mesmo sem chover há três dias, Cantareira tem nova alta

  • Por Agência Estado
  • 08/01/2016 11h20
05/08/2014- São Paulo- SP, Brasil- O prazo de atividades do Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira foi prorrogado para 31 de outubro de 2015. A prorrogação da vigência do GTAG-Cantareira considera a atípica situação de escassez de chuvas no Sudeste entre janeiro e julho. Este contexto climático tem resultado em vazões inferiores aos menores valores observados no histórico de monitoramento da bacia do rio Piracicaba, onde estão os principais reservatórios de regularização de vazões do Sistema Cantareira, responsável por parte do abastecimento de água das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas. Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas Divulgação/Fotos Públicas/Fernanda Carvalho Cantareira sofreu com a seca em 2014

Mesmo sem chover há três dias na região, o Cantareira registrou alta no volume armazenado de água pela 37ª vez consecutiva, segundo aponta relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta sexta-feira (8). Outros três mananciais, incluindo o Guarapiranga, sofreram queda.

Os reservatórios que compõem o Cantareira subiram 0,2 ponto porcentual e operam com 32% da capacidade, ante 31,8% no dia anterior. Esse índice tradicionalmente divulgado pela Sabesp considera o volume morto como se fosse volume útil do sistema.

De acordo com dados da companhia, a última vez que o nível do manancial ficou estável foi no dia 2 de dezembro, com 19,6%. Já a última perda de água represada aconteceu há mais de dois meses, no dia 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para 15,6%.

Embora tenha registrado aumento em todos os dias de 2016, as chuvas sobre a região ficaram aquém do esperado na primeira semana do ano. Há três dias sem chover, a pluviometria acumulada no período é de 36,7 milímetros, o que representa apenas 54% do volume esperado, caso a média histórica de 8,5 mm por dia em janeiro estivesse se repetindo.

Outros fatores, como a diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, o racionamento e a redução do consumo, ajudam a explicar a recuperação gradual do Cantareira, que opera fora do volume morto desde a semana passada. A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 2,7% da capacidade. Já o terceiro índice está em 24,7%.

Outros mananciais

Atual responsável por atender o maior número de clientes da Sabesp, o Guarapiranga voltou a cair. Os reservatórios estão com 82,7% da capacidade, ante 82,9% no dia anterior. A baixa foi de 0,2 ponto porcentual.

Rio Grande e Rio Claro também perderam água armazenada e operam com 92,5% e 74,2%, respectivamente. Na quinta-feira, esses índices eram de 92,8% e 74,6%.

Em crise, o Alto Tietê ficou estável em 25,1%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014. Já o Alto Cotia registrou aumento de 0,2 ponto porcentual e opera com 90,5% da capacidade.

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