Mesquita frequentada por autor de massacre de Orlando é incendiada nos EUA
A mesquita quer era frequentada por Omar Mateen, autor do massacre na boate gay Pulse em Orlando, nos Estados Unidos, no qual morreram 49 pessoas em junho, foi atacada na madrugada desta segunda-feira por um desconhecido que tentou queimar o edifício.
A polícia do condado de St. Lucie, no sul da Flórida, onde vivia Mateen, informou que um vídeo de segurança mostra uma pessoa que se aproxima do Centro Islâmico de Fort Pierce momentos antes de o incêndio começar, que foi controlado pelos bombeiros.
As autoridades locais devem divulgar o vídeo para pedir ajuda à população com o objetivo de identificar o autor do ataque.
O major da polícia de St. Lucie, David Thompson, disse aos veículos de imprensa locais que as imagens não têm qualidade muito boa, pois no momento do fato não havia “boas condições” de luz, por isso o vídeo será tratado em um laboratório.
Thompson explicou que a polícia está trabalhando conjuntamente com várias agências locais, estaduais e federais para resolver este caso “terrível”.
O major preferiu não “especular” sobre a motivação do ataque, mas lembrou que o mesmo aconteceu horas depois das homenagens realizadas em todo o país às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001.
“Todos conhecemos o significado desta data, pelo aniversário do 11/9, mas não queremos especular se (o ataque) está relacionado diretamente com isso, mas, com toda certeza, é algo que levamos em conta”, disse Thompson.
Além disso, hoje completam três meses do massacre na boate Pulse.
O agente garantiu que não há “evidências” de que algum indivíduo ou grupo esteja ameaçando às pessoas que frequentam habitualmente a mesquita incendiada, cujas atividades serão “transferidas” durante os próximos dias para que a polícia possa seguir com as investigações.
No momento do ataque contra o Centro Islâmico de Fort Pierce não havia ninguém no interior do templo, segundo Thompson.
O autor da pior massacre com arma de fogo nos Estados Unidos, que entrou na boate armado com um fuzil de assalto e uma pistola, também morreu no local, depois que foi neutralizado pela polícia.
Durante suas conversas com os negociadores da polícia, Mateen, um americano de origem afegã, se identificou como “soldado islâmico” e jurou lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
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