“Meu pai sempre admirará Gabriel García Márquez”, diz Álvaro Vargas Llosa

  • Por Agencia EFE
  • 17/04/2014 21h44
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Lima, 17 abr (EFE).- “Meu pai e toda minha família admiramos García Márquez e seguiremos lendo suas obras e admirando seu trabalho”, afirmou nesta quinta-feira o jornalista e escritor peruano Álvaro Vargas Llosa, filho do Prêmio Nobel de Literatura 2010, Mario Vargas Llosa.

Em contato telefônico com o “Canal N” de televisão, Álvaro Vargas Llosa lembrou que a deterioração da saúde do Nobel colombiano era “muito evidente, e a família já tinha antecipado que sua evolução não era boa”.

“García Márquez é uma das poquíssimas figuras latino-americanas do século XX que alcançou a imortalidade de alguma forma, este é um clichê importante, mas em seu caso era certo”, cotou.

Vargas Llosa disse que García Márquez era “um gênio, com um talento muito pouco comum, que não somente soube aproveitar o que tinha de inato, mas absorver tudo o bom da literatura universal”.

Horas antes, Mario Vargas Llosa se mostrou muito angustiado pelo falecimento de García Márquez, hoje aos 87 anos na Cidade do México, e enviou as condolências a sua família.

“Morreu um grande escritor cujas obras deram grande divulgação e prestígio à literatura de nossa língua”, declarou Vargas Llosa a um repórter do canal de televisão que o entrevistou na cidade andina de Ayacucho, onde passa junto a sua família os dias da Semana Santa.

Vargas Llosa e García Márquez foram grandes amigos até terem um briga por motivos nunca explicados que acabou afastando os dois, embora sempre demonstraram respeito e consideração pela obra do outro.

Álvaro Vargas Llosa considerou hoje, a respeito, que comentar o incidente que separou os dois escritores “em um momento como este não é ideal”.

“Ambos disseram que os deixariam para suas memórias, espero com curiosidade esse relato, mas meu pai é um grande admirador toda sua vida dele, eu me lembro de muitas imagens de criança, de meu pai lendo García Márquez”, ressaltou.

Vargas Llosa também destacou que se deve reconhecer que “Gabo” “foi um jornalista realmente notável” e ressaltou que fez um jornalismo “que segue vigente hoje em dia, porque a dimensão literária assegurava que não fora um jornalismo perecível.” EFE.

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