Mexicanos fazem caravanas para protestar contra desaparecimento de 43 jovens
Chilpancingo (México), 13 nov (EFE).- Um grupo de parentes e amigos dos 43 jovens desaparecidos no México deu início nesta quinta-feira, no estado de Guerrero, a uma série de caravanas que, por três diferentes caminhos, percorrerão várias cidades do país para protestar.
A primeira das caravanas, integrada por três ônibus, saiu na madrugada de hoje da Escola Normal Rural de Ayotzianapa, onde estudavam os jovens, e passará por várias cidades de Guerrero, incluindo as turísticas Zihuatanejo e Acapulco.
Pouco depois, saíram do mesmo local outros três ônibus que percorrerão os estados de Durango, Zacatecas, Jalisco e Michoacán, cujo destino final será Chihuahua, no norte do país.
O terceiro grupo partiu à tarde, rumo ao estado de Oaxaca, no sul, com escalas em Morelos e Tlaxcala.
Todas elas se encontrarão na capital mexicana no próximo dia 20, onde será realizado um grande protesto contra o desaparecimento dos 43 jovens, ocorrido na noite de 26 de setembro.
Segundo a investigação oficial, os estudantes foram entregues por policiais dos municípios de Iguala e Cocula a membros do crime organizado, que os assassinaram e incineraram os corpos.
Cada caravana é composta por cerca de 150 pessoas, a maioria estudantes, além de uma comissão de cinco pais dos jovens desaparecidos.
Na manhã de hoje, mais de 2 mil pessoas participaram de uma manifestação em Tixtla, onde está a Escola Normal, liderada por pais dos 43 desaparecidos, que exigiam a aparição deles com vida. Eles pediam também a renúncia do governador de Guerrero, Rogelio Ortega, e do presidente Enrique Peña Nieto.
Amanhã, os familiares devem se reunir com o procurador-geral do México, Jesús Murillo, que dará mais informações sobre as investigações em curso.
Na última sexta-feira, Murillo disse que três membros do cartel Guerreros Unidos confessaram ter assassinado e queimado os estudantes.
No entanto, os parentes garantem que enquanto não houver provas contundentes e confiáveis seguirão exigindo a busca dos filhos vivos, e realizando diferentes protestos. EFE
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