México aumenta leilão diário de dólares para conter desvalorização do peso

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 19h38
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Cidade do México, 30 jul (EFE).- O Banco do México (banco central do país) anunciou nesta quinta-feira a decisão de aumentar de US$ 52 para US$ 200 milhões o montante a ser oferecido nos leilões de dólares sem preço mínimo em um período que começa amanhã e termina em 30 de setembro, com o objetivo de conter a desvalorização do peso.

“Ao término deste período, será avaliada a conveniência de estender este mecanismo”, afirmou em comunicado a Comissão de Câmbios do México, integrada pelo banco central e a Secretaria de Fazenda e Crédito Público.

Além disso, a partir de amanhã serão leiloados US$ 200 milhões quando a taxa de câmbio cair mais de 1% em relação ao pregão anterior, ao invés do 1,5% estabelecido em dezembro de 2014. Este mecanismo também valerá até o último dia de setembro, momento em que será avaliada “a conveniência de estendê-lo”.

As ações foram tomadas pela Comissão de Câmbios para “reforçar as medidas preventivas para fornecer liquidez ao mercado cambial”, diz a nota.

O órgão responsável pela política cambial disse que é “possível” que a volatilidade nos mercados financeiros internacionais continue nos próximos meses e “perturbe” o mercado nacional.

A Comissão decidiu fortalecer também os mecanismos para dar liquidez ao mercado cambial considerando o nível atual das reservas internacionais e a Linha de Crédito Flexível contratada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por cerca de US$ 70 bilhões, explicou.

Além disso, a Comissão disse que continuará avaliando “as condições de operação” no mercado cambial para determinar se devem ser realizadas “ações adicionais”.

No dia 11 de março, o Banco do México anunciou o leilão de US$ 52 milhões diários durante três meses em leilões sem preço mínimo, a fim de dar liquidez ao mercado cambial e conter a desvalorização do peso, e depois o ampliou a 29 de setembro.

No primeiro semestre de 2014, o dólar custava cerca de 13 pesos mexicanos, e de janeiro a junho, passou de 14,82 a 15,69 pesos, uma tendência que permanecerá, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), quando o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) decidir elevar os juros básicos.

No câmbio comercial, o dólar fechou hoje cotado a 16,28 pesos, subindo 0,31% em relação ao pregão de ontem. EFE

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