México concede maioria das reivindicações de estudantes politécnicos
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Cidade do México, 3 out (EFE).- O governo do México concedeu nesta sexta-feira aos estudantes do Instituto Politécnico Nacional (IPN) a maioria das dez reivindicações apresentadas por eles esta semana, incluída a eliminação do novo regulamento do centro educativo e planos de estudo que geraram descontentamento.
Em um ato em frente a Secretaria de Governo, o ministro Miguel Ángel Osorio Chong respondeu hoje a petição recebida na terça-feira em outro ato público como havia se comprometido.
Além disso, informou para 15 mil estudantes sobre a renúncia da diretora do IPN, Yoloxochitl Bustamante, uma das exigências do movimento estudantil que surgiu com grande força a apenas duas semanas.
Sobre a preocupação em torno de represálias aos estudantes, incluídas no ponto sete das reivindicações, assinalou que não haverá represálias “acadêmicas, administrativas ou legais, nem de qualquer outro tipo contra nenhum membro do IPN”.
Bustamante também anunciou o cancelamento do regulamento interno aprovado em setembro e novos planos de estudos que enfocam a formação técnica dos alunos.
Além disso, expressou o compromisso do governo para manter a excelência da educação pública superior e disse que aumentará os orçamento dirigido à educação superior, tal como fez- o nos dois últimos anos, sem precisar o montante.
Neste ponto, os estudantes do IPN pediram a elevação do orçamento federal dirigido à educação a um montante mínimo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Também disse que a Secretaria de Educação Pública (SET) proibirá as pensões vitalícias para os ex-diretores do IPN e retirará a polícia bancária de suas instalações, assim que for decidido um novo mecanismo de segurança.
No início do discurso, Osorio afirmou que os estudantes “deram uma amostra de que se pode exigir e como fazê-lo com respeito” e ratificou que o governo reconhece o movimento estudantil com abertura e diálogo.
Os estudantes receberam por escrito as respostas do governo às suas reivindicações e assinalaram que elas serão analisadas em todas as escolas para dar um retorno ao governo.
Além disso, um dos representantes do movimento disse que não aceitarão a renúncia da diretora antes de uma investigação sobre o manejo dos recursos do Politécnico, a segunda casa de estudos mais importante do país.
Os estudantes leram um pronunciamento no qual se solidarizam com os colegas da Normal Rural de Ayotzinapa (dedicada à formação de professores de primária) atacados por policiais e membros do crime organizados no fim de semana passado.
Os ataques, registrados na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, no sul do país, deixaram um saldo de seis mortos, 25 feridos e 43 estudantes desaparecidos.
O IPN foi fundado em 1936 sob o lema “a técnica a serviço da pátria” e possui mais de 150 mil alunos nos níveis médio superior, superior e de pós graduação. EFE
jrm/cd
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