México confirma que 8 cidadãos morreram em ataque no Egito

Cidade do México, 15 set (EFE).- A Chancelaria do México confirmou nesta terça-feira que oito mexicanos morreram no ataque a um grupo de turistas realizado por forças de segurança egípcias no deserto ocidental.

A diretora de Proteção a Mexicanos no Exterior, Reyna Torres, explicou à “Imagen Radio” que inicialmente só tinham sido confirmadas as mortes de dois turistas porque foi possível identificar “plenamente” os restos mortais no hospital para onde foram transferidos após o ataque.

No caso das outras seis vítimas, a identificação dos corpos foi realizada “há poucas horas” no necrotério. Segundo Torres, “desde o primeiro minuto” as autoridades tinham a lista dos 14 mexicanos que foram atacados, mas os nomes foram “preservados” porque os seis restantes ainda não podiam ser identificados.

Os seis mexicanos que sobreviveram ao ataque se encontram internados no hospital de Dar al Fouad, nos arredores do Cairo, e estão em “estado estável com previsão positiva”. Um dos hospitalizados “pode receber alta nas próximas horas”, informou Torres.

“Vários sofreram queimaduras e têm cicatrizes das bombas”, detalhou a diretora, que explicou que no avião presidencial mexicano enviado nas últimas horas ao Cairo para assistir às vítimas viajam dois médicos da Secretaria de Saúde, a fim de examinar os feridos.

Os médicos verificarão se os lesionados podem ser repatriados à aeronave na qual se desloca a chanceler, Claudia Ruiz Massieu, oito familiares das vítimas e especialistas da polícia científica, que ajudarão na identificação dos corpos.

O governo mexicano pediu que a investigação seja detalhada e transparente, para que seja possível saber logo o que aconteceu.

No ataque também morreram quatro egípcios, entre eles um guia turístico, de acordo com o governo do Egito, que explicou que as forças de segurança confundiram os turistas com terroristas que eram perseguidos no deserto ocidental. EFE