Milhares de jordanianos protestam contra Israel por restrição em mesquita
Amã, 18 set (EFE).- Milhares de jordanianos se manifestaram nesta sexta-feira em distintas cidades do país após a reza do meio-dia para mostrar rejeição à decisão das autoridades israelenses de restringir o acesso à Mesquita de al-Aqsa, o terceiro templo mais sagrado para os muçulmanos.
Nas concentrações, a maior celebrada no centro de Amã, os participantes pediram também o fim da normalização das relações com Israel e a expulsão de seu embaixador.
Os manifestantes também solicitaram a “libertação da Mesquita de al-Aqsa”, que foi arrebata por Israel da Jordânia na guerra de 1967.
Vários oradores pediram ao Executivo jordaniano que realize ações contra o “inimigo sionista”, em referência a Israel, entre elas pôr fim à normalização das relações que começou após a assinatura do acordo de paz de 1994.
“O governo jordaniano deve tomar ações sérias e efetivas para deter as práticas sionista em al-Aqsa”, disse Abdel Rahim Duwair, um dirigente da Irmandade Muçulmana jordanianos, a principal força política do país.
Manifestações similares ocorreram em outras cidades como Zarka, Irbid, Karak e Salt.
Jerusalém Oriental foi hoje novamente palco de tensão e confrontos após a reza muçulmana da sexta-feira, depois que as autoridades israelenses limitaram os acessos à principal mesquita da cidade após uma noite de violentos fatos.
Os enfrentamentos ocorreram pouco depois do meio-dia perto da Portão de Damasco, uma das entradas à cidadela de Jerusalém, em cujo interior se encontra a Esplanada das Mesquitas, que abriga a Cúpula da Rocha e al-Aqsa.
O movimento islamita palestino Hamas tinha convocado para hoje uma “jornada da ira”, após uma semana de duros enfrentamentos entre as forças de segurança israelenses e jovens muçulmanos no recinto sagrado. EFE
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