Milhares de pessoas começam a se concentrar para protestos contra o governo
Brasília, 16 ago (EFE).- Milhares de pessoas se concentraram neste domingo em dezenas de cidades do país para manifestações convocadas pela oposição em protesto contra a corrupção e o governo de Dilma Rousseff.
Os protestos foram convocados em cerca de 260 cidades do país, incluídas Brasília e todas as capitais, para expressar a indignação da sociedade com os escândalos de corrupção na Petrobras e a delicada situação da economia do país, que neste ano deve ter uma contração de 1,5%.
Alguns grupos minoritários exigem também o início de um julgamento político contra Dilma, pela suposta responsabilidade do governo nos desvios de dinheiro ocorridos na Petrobras, que a própria empresa calcula em cerca de US$ 2 bilhões durante a última década.
O escândalo na Petrobras e as turbulências na economia afetaram a popularidade da presidente, que recentes enquetes situaram em 8%, mas as taxas de rejeição chegam a superar 70%.
Em Brasília, nas primeiras horas de hoje, cerca de 5 mil pessoas se concentraram na Esplanada dos Ministérios, mas foram vistas muitas caravanas de veículos que, segundo os organizadores, elevarão o número de manifestantes para até 50 mil.
Também milhares de pessoas começavam a se concentrar no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Maceió, Salvador e Vitória, entre outras das capitais.
As maiores manifestações são esperadas para a cidade de São Paulo, onde os organizadores confiam reunir mais de um milhão de pessoas.
O governo disse que observa esses protestos com “respeito” e que os recebe como uma prova da “normalidade democrática” que existe no país.
No entanto, o governo subiu o tom contra os setores que exigem o impeachment, que foram acusados de tentar promover “manobras golpistas”.
Nas concentrações que começaram hoje, às quais a maioria das pessoas estava vestida com as cores verde e amarela, foram vistos cartazes que diziam “Fora Dilma” e “Impeachment”.
Em resposta ao protesto de hoje, o Partido dos Trabalhadores convocou diversos atos “em defesa da democracia” em todo o país para a próxima quinta-feira. EFE
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