Milhares de pessoas fogem de combates tribais na região de Darfur, no Sudão
Cartum (Sudão), 25 set (EFE).- Cerca de 55 mil pessoas fugiram de suas casas no estado de Darfur do Leste, no sudoeste do Sudão, por causa de conflitos tribais armados, anunciou nesta quinta-feira o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU em Cartum, a capital do país africano.
Além disso, um relatório emitido por esse escritório aponta que 11 mil famílias da região de Adila sofrem com a escassez de alimentos e abrigo por causa dos combates entre as tribos Rizeigat e Al Maaliya.
A ONU não detalhou em quanto tempo aconteceram esses deslocamentos, mas os enfrentamentos entre as tribos, apesar de serem muito antigos, aumentaram nos dois últimos meses.
O documento também garante que os representantes da missão conjunta da ONU e da União Africana (UA) em Darfur, Unamid, e o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários visitaram as localidades de Adila e Abukarenka, depois do deslocamento de 55 mil pessoas, para analisar a situação no terreno.
Além disso, assinala que registraram nessas duas localidades a necessidade urgente de serviços de saúde e observaram que as mulheres são as mais afetadas ao perderem seus maridos no conflito tribal.
O relatório também revela que 700 pessoas contraíram hepatite nos estados conflituosos do Nilo Azul e de Kordofan do Sul, na parte sul do país.
Além disso, expressa a preocupação da ONU pelo surto de uma epidemia em larga escala se não forem adotadas medidas rápidas e efetivas para detê-la.
O escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Sudão relatou no dia 11 de setembro a morte de duas pessoas por hepatite e que outras 336 foram contagiadas por essa doença no campo de refugiados de Kalma, no estado de Darfur do Sul, no sudoeste, segundo exames de laboratório feitos pela OMS. EFE
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