Milhares de sírios entram na Turquia fugindo dos combates entre EI e curdos
Istambul, 15 jun (EFE).- Outros 2,5 mil refugiados sírios entraram nesta segunda-feira na Turquia através da passagem fronteiriça de Akçakale fugindo dos combates entre os jihadistas do Estado Islâmico e as milícias curdas em Tal Abiad, informa a emissora “NTV”.
Aproximadamente 2,5 mil sírios, em grande parte mulheres e crianças, começaram a se aglomerar durante a manhã perante o muro fronteiriço, e por volta do meio-dia derrubaram um lance da cerca e foram passando para Turquia, explica a emissora.
Ao mesmo tempo se intensificavam os combates entre as milícias curdas e os jihadistas, que já podiam ser observados desde a própria fronteira, próxima da cidade síria fronteiriça de Tel Abiad.
Ontem, cerca de 2,8 mil sírios chegaram à Turquia após derrubar um lance de cerca, dado que os militantes do Estado Islâmico os impediram utilizar a passagem oficial aberta pelas autoridades turcas.
Os recém-chegados, frequentemente sem água sob um calor de 40 graus, o que causou desmaios, recebem ajuda do serviço de emergência turco AFAD, que também submete todos os refugiados a controles de saúde.
Parte dos refugiados fica na zona de Akçakale, na província de Sanliurfa, e outros são transferidos aos acampamentos das vizinhas províncias de Mardin e Gaziantep, segundo a agência “Anadolu”.
Desde 3 de junho, cerca de 20 mil refugiados sírios entraram pela passagem de Akçakale, somando-se aos aproximadamente 1,7 milhão que já residem na Turquia, acrescenta a agência.
Ontem, o diretor de AFAD se reuniu com a presidente da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Anne Brasseur, e transmitiu a necessidade da Turquia de receber mais ajuda.
Ancara gastou nestes quatro anos US$ 5,5 bilhões para atender os refugiados sírios, mas só uma pequena parte desta soma foi coberta pela comunidade internacional, diz a AFAD em uma nota emitida hoje.
A dramática fuga dos últimos dois dias através da cerca que divide a fronteira, com os combates a poucos centenas de metros, recebeu ampla cobertura da imprensa turca, sob títulos como “drama humano” e “histórias que cortam o coração”. EFE
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