Milhares protestam em Londres contra novo plano de austeridade de Cameron

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2015 12h46
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Londres, 20 jun (EFE).- Mais de 250 mil pessoas foram às ruas de Londres neste sábado para protestar contra a política de austeridade imposta pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, informaram os organizadores da manifestação.

Um porta-voz do grupo “Assembleia do Povo” afirmou à imprensa que a participação popular no movimento convocado hoje pela organização “superou todas as expectativas”.

“A polícia, inclusive, estima que há várias centenas de milhares de pessoas na manifestação. Hoje não é o fim de nossa campanha contra a austeridade, mas o começo de um movimento de massa pronto para enfrentar o governo”, declarou a porta-voz.

Em um ambiente festivo, os manifestantes começaram o protesto de hoje no distrito financeiro de Londres, em frente ao Banco da Inglaterra, e percorreram o centro da capital britânica. A marcha deve terminar no parlamento de Westminster.

Entre as personalidades que discursaram no protesto estão a cantora Charlotte Church, o comediante e ativista Russel Brand e o vice-ministro da Irlanda do Norte, ex-dirigente do IRA e líder do partido Sinn Féin, Martin McGuinness.

Outro presente é o deputado Jeremy Corbyn, um dos candidatos nas eleições para a liderança do Partido Trabalhista, principal grupo de posição, depois dos resultados ruins nas eleições gerais de maio.

No começo do protesto, o líder da Assembleia do Povo, Sam Fairbairn, afirmou que esse é “o princípio de uma campanha de protestos, greves e de desobediência civil em todo o país”.

Outro dos grupos organizadores, a “Coalizão para Deter a Guerra”, lembrou hoje que a política de cortes imposta por Cameron durante os últimos anos será “ainda mais cruel” agora que os conservadores governam sozinho após a vitória no último pleito.

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, apresentará em julho um novo orçamento para 2015-2016 para cumprir, segundo ele, com as promessas efetuadas durante a campanha, apesar de alguns setores interpretarem a medida como uma reviravolta na política de ajustes.

“Estou hoje aqui para demonstrar minha solidariedade com as pessoas, a participação é enorme. A austeridade não é a única via. É imoral, injusta e desnecessária”, opinou Chalotte Church. EFE

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