Milhares se reúnem na Grécia para pedir que governo mantenha país no euro

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2015 16h43
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Atenas, 22 jun (EFE).- Milhares de pessoas se manifestaram nesta segunda-feira em Atenas pedindo ao governo que chegue a um acordo com os credores que permita ao país se manter dentro da zona do euro.

Cerca de sete mil pessoas se reuniram na praça de Syntagma, em frente o parlamento, em uma manifestação marcada através do Facebook com o título de “Vivemos na Europa”.

Entre os manifestantes, muitos deles com bandeiras da Grécia e da União Europeia, era possível ver vários membros do partido conservador Nova Democracia, como o ex-primeiro-ministro Konstantinos Mitsotakis, cuja aparição na praça arrancou aplausos dos presentes, que se aproximaram para cumprimentá-lo e fotografá-lo.

Um grupo de manifestantes marchou até o pátio central do edifício do parlamento, onde desdobraram uma grande bandeira grega, o que também arrancou ovações dos presentes.

“Queremos demonstrar que estamos a favor da permanência na Europa e, certamente, na zona do euro”, disse Manolis, um jovem professor universitário, à Agência Efe.

Ele considera que o governo de Alexis Tsipras deve chegar necessariamente a um acordo com as instituições credoras.

“Voltar ao dracma seria um desastre para a Grécia”, afirmou, pois, embora “infelizmente o acordo suponha cortes na previdência e o aumento de impostos, o Executivo deve aceitá-lo, pois sair do euro seria muito pior”.

“Todos somos Europa”, “Sim à Europa, não na volta ao dracma”, foram algumas dos cartazes que podiam ser lidos.

“Estamos em um momento histórico para a Grécia e temos que defender a permanência no euro, mas acredito que estamos muito perto de um acordo”, disse outra manifestante, Eva.

“De toda forma, é certo que vai haver aumento de impostos”, assinalou, “por isso que deve haver um pacto, já que estes cinco meses de negociações custaram muito dinheiro ao país”.

Esta advogada confia que a Grécia não cairá em moratória, mas diz estar “preocupada” pela situação econômica.

“Nos últimos cinco anos trabalhamos muito e não tivemos aumento de renda, mas o futuro para nossos filhos e netos está dentro da zona do euro”, explicou.

Trata-se da segunda manifestação em cinco dias convocada para exigir que o governo assine um acordo que preserve a permanência do país na moeda comum, depois de ontem outras milhares de pessoas se concentrarem em Syntagma para apoiar o Executivo e contra as políticas de austeridade. EFE

rc/cd

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