Milhares vão às ruas de Caracas para pedir libertação de opositores de Maduro

  • Por Agencia EFE
  • 30/05/2015 17h43
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Caracas, 30 mai (EFE).- Milhares de venezuelanos foram às ruas de Caracas, capital da Venezuela, neste sábado para exigir a libertação dos dirigentes opositores presos Leopoldo López e Daniel Ceballos, que se mantêm em greve de fome, e cobrar a definição de uma data para as eleições parlamentares do país deste ano.

Os manifestantes percorreram uma das principais avenidas da capital gritando palavras de ordem e exibindo cartazes de apoio a López, Ceballos e outros opositores do presidente Nicolás Maduro, como o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma.

Participaram do protesto a esposas dos três dirigentes presos, além de vários líderes do partido Vontade Popular (VP), presidido por López, e outros integrantes da oposição.

O coordenador nacional do VP, Freddy Guevara, e o prefeito do município de El Hatillo, David Smolansky, se uniram a dois vereadores da oposição e rasparam seus cabelos como forma de protesto, ato de apoio à Patrícia Gutiérrez, esposa de Ceballos, que fez o mesmo recentemente em defesa do marido.

“Temos que trabalhar unidos, sem ódio, sem rancor, reconstruir essa democracia que não existe porque só numa ditadura se vive o que sofremos hoje. Só na ditatura um prefeito é preso”, disse Patrícia no ato de encerramento do protesto.

Além da libertação dos presos políticos, os manifestantes também pediram o fim da repressão e da censura no país. Outra exigência foi a definição da data para as eleições parlamentares, que devem ser realizadas com observadores internacionais da Organização de Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).

Alexander Tirado e Raúl Baduel também se uniram a greve de fome feita por López e Ceballos na prisão. Além deles, outros seis estudantes venezuelanos estão há dois dias sem comer em uma igreja da capital.

Tanto López como Ceballos estão presos há mais de um ano acusados por de serem responsáveis pela violência ocorrida nos protestos antigovernamentais de 2014, que deixaram 43 mortos. EFE

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