Milícias de Michoacán estabelecem protocolos de atuação com governo mexicano

  • Por Agencia EFE
  • 01/03/2014 01h03

Cidade do México, 28 fev (EFE).- As milícias de autodefesa do estado de Michoacán, no México, chegaram a um acordo nesta sexta-feira em uma reunião com o Governo Federal para não avançar em mais cidades, zonas urbanas e sedes municipais, informaram fontes oficiais.

Os compromissos foram estabelecidos em uma reunião hoje dos grupos de civis armados com o comissário para a Segurança e o Desenvolvimento Integral de Michoacán, Alfredo Castillo, nomeado pelo Governo Federal.

Na reunião, realizada em um quartel de Apatzingán, em Michoacán, segundo um comunicado da Secretaria de Governo, foi acordado que as milícias “não entrarão em Morelia (capital de Michoacán) nem em nenhuma sede municipal, nem na zona urbana”.

“Esses grupos – acrescentou o comunicado – só terão presença em blitzes e pontos de controle, sempre de forma conjunta com as forças federais”.

Além disso, “não haverá movimento algum” das milícias sem conhecimento prévio das autoridades.

Também concordaram em realizar reuniões todas as quintas-feiras com responsáveis de segurança da região e foi acordado que os “únicos” porta-vozes dos grupos de autodefesa serão Hipólito Mora, Estanislao Beltrán e José Manuel Mireles.

Mora e Beltrán foram durante as últimas semanas os representantes mais ativos desses grupos. Mireles sofreu um acidente aéreo em janeiro e desde então tinha ficado afastado de suas funções.

“As autoridades federais e estaduais, e os grupos cidadãos trabalharão de maneira coordenada e transparente, para recuperar a ordem e a tranquilidade em Michoacán”, acrescentou a nota.

As milícias de autodefesa expressaram sua intenção de estender o número de municípios nos quais estão presentes agora, cerca de 20 de um total de 113 em Michoacán, mas descartaram que pretendem entrar em Morelia, a capital do estado.

Os grupos de civis armados começaram a surgir há um ano, na região conhecida como Tierra Caliente, para combater o cartel dos “Cavaleiros Templários” devido à ineficácia das autoridades de Michoacán.

Nas últimas semanas, no entanto, o Governo Federal interveio nesse estado, mandou milhares de policiais e militares para reforçar a segurança na região e Castillo foi designado pelo presidente Enrique Peña Nieto para coordenar essas ações. EFE

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