Militares americanos que combatem o ebola deixarão a África em abril
Washington, 10 fev (EFE).- Apenas 100 dos cerca de 3 mil militares dos Estados Unidos que foram enviados à África Ocidental para combater o ebola permanecerão no local até o final de abril, informou o Pentágono nesta terça-feira em comunicado.
No auge da epidemia do vírus, havia 2,8 mil militares dos Estados Unidos na África Ocidental. Deles, 1,5 mil começaram a deixar o continente em dezembro, diante da redução do número de casos.
O presidente americano, Barack Obama, anunciará oficialmente a retirada nesta quarta-feira em uma cerimônia na Casa Branca, na qual receberá seis dos oito americanos que sobreviveram ao ebola, assim como o pessoal médico e militar que trabalhou para conter a epidemia desde o seu início no ano passado.
Inicialmente, os Estados Unidos tinham planejado enviar 4 mil militares à África Ocidental para combater a epidemia, mas, em novembro, funcionários do Departamento de Defesa informaram que esse efetivo seria menor devido à redução do número de infectados.
O registro total de casos desde o início da epidemia está em 22.828, dos quais 9.152 resultaram em óbito.
A ONU advertiu na semana passada que, apesar dos sinais de esperança por causa da diminuição dos casos, a epidemia segue ativa e, portanto, ainda representa uma séria ameaça.
O aumento de novos casos de ebola voltou a ser constatado nos últimos dias, quando foram contabilizadas 303 novas infecções, segundo a última apuração da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na semana passada, a OMS confirmou 124 casos, 25 contágios a mais que na semana anterior.
Entre os dias 3 e 7 de fevereiro, foram notificados 303 casos – confirmados, prováveis e suspeitos -, dos quais 54 foram na Guiné, 136 na Libéria e 113 em Serra Leoa.
Em relação às mortes causadas pelo vírus, foram contabilizadas 148 óbitos nesse mesmo período: 33 na Guiné, 80 na Libéria e 35 em Serra Leoa. EFE
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