Militares de EUA e Turquia discutirão como combater o EI

  • Por Agencia EFE
  • 10/10/2014 00h53
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Washington, 9 out (EFE).- Uma equipe formada por militares de Estados Unidos e Turquia discutirá em Ancara na próxima semana a estratégia de cooperação entre ambas os países para combater os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), informou o Departamento de Estado americano.

O coordenador dos EUA na coalizão internacional contra os extremistas, o general reformado John Allen, e seu número 2, o responsável do Iraque e do Irã no Departamento de Estado, Brett McGurk, se reuniram nesta quinta-feira na capital Ancara com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, e responsáveis pela política externa do país.

Os dois enviados especiais americanos ressaltaram que é preciso ter “avanços urgentes, de maneira imediata” para debilitar o EI e conter a ameaça que o grupo representa para a região. Também foi enfatizada a necessidade de fortalecer a oposição moderada síria.

O governo turco voltou a esfriar a possibilidade de uma intervenção militar para evitar que a cidade curdo-síria de Kobani caia nas mãos do EI, postura que tem provocado protestos dos curdos na Turquia e que já causou 29 mortes.

“Não é realista esperar da Turquia que faça sozinha uma operação terrestre”, disse nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, depois de se reunir com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que está na Turquia em visita oficial.

“Continuamos falando com nossos aliados. Quando uma decisão conjunta for tomada, a Turquia fornecerá sua parte”, manifestou Cavusoglu.

Ancara pediu para ser estabelecida uma zona de exclusão aérea e de contenção no norte da Síria, algo que ainda não foi debatido na OTAN.

“Não existe uma solução simples. Isto (a zona de exclusão) não esteve em pauta nos debates da Otan”, disse Stoltenberg, embora tenha se mostrado satisfeito que o parlamento turco renovou a permissão para que o Exército turco possa intervir na Síria.

Enquanto o governo turco se mantém em sua postura de não intervir contra os jihadistas, a tensão no sudeste do país, onde vive a maioria da população curda, aumentou novamente durante a noite. EFE

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