Militares e civis venezuelanos iniciam exercício militar ordenado por Maduro
Caracas, 14 mar (EFE).- O “exercício militar defensivo” ordenado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, começou neste sábado com a mobilização de 80 mil soldados e 20 mil civis, anunciou o ministro da Defesa e chefe da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), general Vladimir Padrino López.
O chamado exercício “Escudo Bolivariano” se estenderá por dez dias e abrange todo o país, informou em entrevista à televisão estatal.
Maduro ordenou o exercício na quarta-feira passada para identificar os pontos críticos de defesa e garantir que o país “não seja atingido por ninguém”, ou para que “não seja tocado pelas botas ianques”, afirmou o chefe de Estado em discurso perante o plenário da Assembleia Nacional (AN).
O presidente compareceu na AN para solicitar poderes especiais que o permitem legislar sem controle parlamentar, e com isso poder “enfrentar” as “ameaças” dos Estados Unidos. Maduro convocou o país “a se incorporar e a apoiar a FANB e a Milícia”.
“Venezuela tem que estar preparada, porque a Venezuela não é e nem pode ser jamais a Líbia ou o Iraque”, afirmou Maduro.
O líder ressaltou que o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou na segunda-feira que a Venezuela constituía “uma ameaça extraordinária paras a segurança nacional” americana e ordenou ampliar sanções contra um número não revelado de funcionários e ex-funcionários venezuelanos.
O anúncio de Washington incluiu o bloqueio de bens que os sancionados possam ter nos EUA. Sete funcionários, acusados de violar os direitos de opositores durante os protestos antigovernamentais de 2014, foram identificados.
No Centro de Simulação Antiaérea da Escola de Artilharia, situada no Forte Tiuna, em Caracas, o maior destacamento militar da Venezuela, Padrino López ressaltou que Maduro fará um pronunciamento ao final do dia para avaliar o exercício, realizado em mar, terra e ar. EFE
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