Militares europeus retidos em Slaviansk dizem que “não são prisioneiros”
Moscou, 27 abr (EFE).- O coronel alemão Oberst Axel Schneider, uns dos inspetores militares europeus retidos pelas milícias pró-russas em Slaviansk, declarou neste domingo que ele e seus colegas não se consideram “prisioneiros”, mas “hóspedes” do autoproclamado prefeito dessa cidade ucraniana.
“Não somos prisioneiros, somos hóspedes do prefeito (Viachelav) Ponomariov”, disse Schneider em entrevista à imprensa, segundo a agência oficial russa “RIA Novosti”.
No entanto, o coronel alemão, chefe da missão de inspetores militares, declarou que não sabe quando poderão retornar a casa.
“Há vários dias que estamos aqui, nas mãos do prefeito desta cidade”, declarou Schneider.
Os separatistas pró-russos detiveram na sexta-feira passada sete militares europeus (três alemães, um polonês, um dinamarquês, um sueco e um tcheco), e outras seis pessoas.
A missão, que viajava em ônibus, foi interceptada perto dos acessos de Slaviansk, bastião da sublevação pró-russa contra o governo de Kiev no sudeste da Ucrânia.
“A princípio nos instalaram em um porão. Ontem nos transferiram a um lugar com melhores condições, com calefação e ar condicionado”, disse o coronel alemão.
Schneider acrescentou que desde o momento em que chegaram a Slaviansk o prefeito lhes ofereceu sua “proteção” e os recebeu como a “convidados”,
“Não sabemos quando nos deixarão voltar ara casa para reunir-nos com nossas famílias. Desconhecemos quais são as condições para nossa libertação”, comentou Schneider.
Segundo o oficial alemão, os diplomatas “devem cooperar” com Ponomariov para conseguir esse objetivo.
Imediatamente após sua detenção, os inspetores militares europeus foram acusados pelas milícias pró-russas de atividades de espionagem em favor do Otan. EFE
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