Ministério da Defesa do Japão voltará a solicitar orçamento recorde
Tóquio, 19 ago (EFE).- O Ministério da Defesa do Japão voltará a solicitar um orçamento recorde para o próximo ano fiscal com o objetivo de reforçar a vigilância de suas ilhas remotas perante o aumento de atividades marítimas da China na região, antecipou nesta quarta-feira a emissora pública “NHK”.
O orçamento requerido por esta pasta para o próximo ano fiscal, que no Japão começa em 1º de abril de 2016, superaria os 5 trilhões de ienes (cerca de US$ 40,2 bilhões) e representaria cerca de 2,2% a mais em relação ao deste período, que também teve um volume recorde.
Parte deste orçamento estaria destinado à compra de 36 tanques de alta velocidade. Estes veículos podem alcançar até 100 km/h (30% a mais que os modelos mais velozes) já que têm rodas no lugar da tração de lagarta e pesam cerca de 26 toneladas, o que permite transportá-los em avião.
Outra parte seria dedicada à aquisição de helicópteros multiuso para transporte e operações e de resgate e para a compra de 12 novos aviões Osprey de decolagem vertical.
Tudo isso com a intenção de reforçar a presença das Forças de Autodefesa do Japão (exército) em torno das ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês), administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim.
A disputa em torno destes ilhotas desabitadas do Mar da China Oriental aumentou nos últimos anos depois que o Japão nacionalizou o solo de várias delas em 2012.
Por sua parte, Tóquio ressaltou este ano seu receio por uma série de plataformas erguidas por Pequim entre a costa oriental chinesa e o arquipélago de Okinawa (ao qual pertencem as Senkaku), que segundo o governo japonês poderiam ter usos militares.
O Ministério da Defesa também solicitará fundos para um programa de defesa espacial no qual o Japão coopera com os Estados Unidos e para expandir sua unidade de segurança cibernética, em sintonia com as novas diretrizes de cooperação militar entre Tóquio e Washington.
Por último, o governo japonês também deve destinar um adido militar na Jordânia para reforçar a cooperação neste terreno depois que dois cidadãos japoneses foram sequestrados na Síria e assassinados este ano pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI). EFE
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