Ministério da Saúde cancela registro de cubana que desertou do Mais Médicos
Brasília, 12 fev (EFE).- O Ministério da Saúde cancelou o registro e desligou a médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que desertou do programa estabelecido pelo governo para atender as áreas remotas e pobres do país, publicou nesta quarta-feira o Diário Oficial da União.
Após a publicação, Ramona não poderá exercer a profissão no país, onde chegou no ano passado no marco do programa Mais Médicos, através do qual o governo contratou cerca de 7 mil profissionais estrangeiros para melhorar o atendimento na rede de saúde pública.
Na semana passada, a médica, que havia sido enviada para trabalhar na cidade de Pacajá (PA), decidiu desertar do programa e apresentar um pedido de refúgio ao governo.
A médica alegou ter sido enganada pelo governo cubano já que só recebia US$ 400 mensais por seu trabalho no Brasil apesar do acordo entre os dois governos prever o pagamento de R$ 10 mil por cada profissional.
Segundo Ramona, os outros US$ 600 eram depositados para ela mensalmente em uma conta em Cuba, enquanto o resto se ficava nas mãos do governo do país caribenho.
A Associação Médica Brasileira (AMB) contratou a médica cubana na terça-feira para exercer funções administrativas.
De acordo com a AMB, a médica terá renda mensal próxima a R$ 4 mil, entre salário e outros benefícios garantidos pela lei brasileira.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou ontem que três médicos cubanos abandonaram os cargos que ocupavam na saúde pública nos últimos dias, e agora são cinco os supostos desertores procedentes da ilha. EFE
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