Ministério Público da Suíça também investiga Marcelo Odebrecht, diz jornal
Preso há quase um mês em Curitiba pela Operação Lava Jato da Polícia Federal brasileira, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está sendo investigado também pelo Ministério Público da Suíça, informa o a agência Estadão Conteúdo.
A suspeita é parecida com a investigada no Brasil. Marcelo Odebrecht teria pagado propina a ex-diretores da Petrobras. As investigações brasileiras e suíças estão relacionadas, diz o jornal. Procuradores daqui teriam recebido pedidos para coletar “evidências documentais” e investigar Odebrect.
Em mensagens de celulares apreendidos de Marcelo Odebrecht, há várias referências à Suíça. Em uma delas aparece a sigla PRC/Suíça.
Agentes federais interpretaram que PRC diz respeito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que, em delação premiada, confirma ter recebido propina da Odebrecht, informa ainda a publicação.
Segundo Costa, o executivo da empreiteira Rogério Santos de Araújo lhe sugeriu que “abrisse conta no exterior” para receber R$ 23 milhões irregulares da Odebrecht, entre 2008 e 2008.
O MP suíço teria demorado um ano para abrir inquérito contra os investigados, entre os quais está Marcelo, devido à complexidade do crime supostamente organizado e ao uso de paraísos fiscais de difícil investigação, afirma o Estadão Conteúdo.
No Brasil
A Justiça Federal concedeu novo prazo para que o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, apresente as explicações para as anotações que a Polícia Federal (PF) encontrou em seu celular. O prazo venceria nesta quinta-feira (23), mas, a pedido da defesa, o juiz Sérgio Moro o estendeu até a próxima segunda-feira (27).
O pedido de mais tempo foi apresentado na quarta (22). Os defensores de Odebrecht informaram que não poderiam cumpri-lo porque não tinham se encontrado com seu cliente, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
As mensagens foram encontradas no celular do empresário durante as investigações da Operação Lava Jato, que apura um suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras para pagamento de propinas a altos executivos da estatal e políticos.
Entre as mensagens interceptadas que chamaram a atenção do juiz Sérgio Moro haviam anotações cifradas como a que dizia: “MF/RA: não movimentar nada e reembolsaremos tudo e asseguraremos a família. Vamos segurar até o fim. Higienizar apetrechos MF e RA. Vazar doação campanha. Nova nota minha mídia? GA, FP, AM, MT, Lula? E Cunha?”. Moro quer que o empresário explique o significado das cifras.
Com informações da Agência Brasil.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.