Ministério Público denuncia prefeito de Caracas por conspiração e associação
Caracas, 20 fev (EFE).- O Ministério Público (MP) da Venezuela informou nesta sexta-feira que apresentou uma denúncia contra o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que supostamente incorreu nos crimes de “conspiração e associação” por envolvimento em “planos conspiratórios”.
“Na audiência de apresentação, os promotores acusaram o prefeito por supostamente incorrer nos crimes de conspiração e associação”, notificou o MP através de um comunicado.
O Tribunal determinou que o prefeito ficará detido na penitenciária militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas e onde também está preso o opositor Leopoldo López, desde 18 de fevereiro de 2014.
Os crimes aos quais Ledezma está sendo acusado estão reunidos no Código Penal e na Lei Orgânica contra a Delinquência Organizada e Financiamento ao Terrorismo.
A prisão de Ledezma, segundo o MP, guarda relação com o caso de Lorent Gómez Saleh e Gabriel Valles, os dois jovens expulsos da Colômbia e detidos quando chegaram à Venezuela em setembro do ano passado, acusados de conspiração para a rebelião.
O ministro do Interior venezuelano na época, Miguel Rodríguez Torres, garantiu que Ledezma tinha envolvimento nos planos de Gómez e Valles, que, por sua vez, foram relacionados com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
O prefeito metropolitano admitiu então que conhecia os dois jovens, mas assegurou que isso “não significa fazer parte de uma rede de terroristas apoiados pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe para desestabilizar a Venezuela”.
Ledezma foi detido ontem por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na sede de seu partido.
Na semana passada, o prefeito do município Libertador, na região metropolitana de Caracas, o chavista Jorge Rodríguez, acusou Ledezma e o deputado opositor Julio Borges de serem os autores intelectuais da tentativa de golpe de Estado desarticulado, segundo anúncio do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, um dia antes do mesmo, em 12 de fevereiro.
O presidente do parlamento venezuelano, o governista Diosdado Cabello, garantiu, por sua vez, que no suposto complô, identificado como “Plano Jericó”, estavam envolvidos os opositores Ledezma, Borges, María Corina Machado e Diego Arria, ex-embaixador da Venezuela na ONU. EFE
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