Ministério Público pede prisão preventiva do provedor da Santa Casa de Misericórdia do Rio
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), requereu à Justiça a prisão preventiva do provedor da Santa Casa da Misericórdia, Dahas Chade Zarur, por irregularidades e fraudes fiscais nas vendas de jazigos e imóveis de propriedade da instituição entre julho de 2004 e agosto de 2013.
A denúncia foi feita com base em investigação da Delegacia Fazendária. Além de Dahas Zarur, também foi pedida a prisão preventiva de três funcionários: Raimundo Marcelo de Oliveira, Augusto José dos Santos e Djalma Castilho.
Segundo informações do Ministério Público, foram denunciadas por envolvimento no esquema 24 pessoas, todas por crimes de estelionato, corrupção passiva, formação de quadrilha, construção não autorizada em solo não edificável, apropriação indébita e posse irregular de arma de fogo.
A denúncia aponta Dahas Zarur como “o chefe da organização e atuava em conluio com os administradores por ele nomeados e com funcionários dos 13 cemitérios públicos gerenciados pela Santa Casa para aumentar a arrecadação dos mesmos – sobretudo com construções irregulares de jazigos, os quais eram vendidos, muitas vezes, por valores acima da tabela, sem a emissão de notas fiscais ou por intermédio de notas fiscais frias”.
Os acusados foram responsabilizados pelo crime de estelionato decorrente da venda fraudulenta de 23 imóveis de propriedade da Santa Casa, que totalizaram o valor estimado de R$ 21 milhões.
Edição: Aécio Amado
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