Ministro: “aparentemente” mortes em Roraima não são retaliação do PCC

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2017 12h31
Brasília - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, apresenta detalhes do Plano Nacional de Segurança ( Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasília Alexandre de Moraes - AGBR

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (06), que as 33 mortes em um presídio de Roraima não são uma retaliação do PCC em relação à Família do Norte. 

Em conversa com a governadora de Roraima nesta manhã, o ministro teve informações iniciais de que os presos da facção estavam separados no presídio e os que morreram eram todos pertencentes ao PCC. “Eu conversei com a governadora, logo de manhã. Não é, aparentemente, uma retaliação do PCC em relação à Família do Norte”, disse.

Segundo informações iniciais, dos mortos, três eram presos por estupro e estavam separados e os demais eram rivais internos que haviam traído os demais. Ele disse que o ocorrido “seria um acerto interno, o que não retira em momento algum a gravidade do fato”.

O ministro segue na tarde desta sexta-feira (06) para o Estado. Apesar de admitir a “situação difícil” no Estado, Moraes negou que a situação tenha “saído do controle”.

O Estado de Roraima havia, em novembro, solicitado o apoio do Governo federal na segurança. Documentos revelam que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou um pedido do governo de Roraima. Em ofício enviado no dia 21 de novembro, o governo de Roraima solicitou ajuda “em caráter de urgência”.

Em resposta ao pedido de socorro, o ministro informou, por meio de ofício, que “apesar do reconhecimento da importância do pedido de Vossa Excelência, infelizmente, por ora, não poderemos atender ao seu pleito”.

No documento, o ministro disse ainda que “a Força Nacional de Segurança Pública encontra-se em fase de preparação para operação de enfrentamento de homicídios e violência doméstica, cujo plano está em desenvolvimento neste Ministério, destinando, a priori, a atuação nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal”.

Questionado, ele justificou que a ajuda era para a segurança pública, e não específica para ajuda nas penitenciárias.

O caso

Pelo menos 33 presos foram mortos na madrugada desta sexta-feira (06) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a maior do Estado de Roraima, segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania. O governo estadual informou apenas as mortes e não divulgou mais detalhes sobre o ocorrido.

Segundo a nota emitida pela Secretaria, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a PM estão na unidade localizada na zona rural de Boa Vista.

De acordo com a pasta, a situação no presídio está sob controle.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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