Ministro argentino admite um “claro” problema de insegurança no país

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2014 12h18

Buenos Aires, 24 abr (EFE).- O ministro argentino do Interior, Florencio Randazzo, admitiu nesta quinta-feira que o país sofre um “claro” problema de insegurança, em meio à polêmica sobre o aumento da violência, especialmente na provícina de Buenos Aires, onde segundo relatórios oficiais foram registrados 82 delitos por hora.

“Existe um problema de insegurança, está claro. Mas o que temos que fazer é juntar esforços, entendendo que é um problema complexo; não há magia”, afirmou nesta quinta-feira Randazzo em declarações a uma rádio local.

O ministro ressaltou que para solucioná-lo é preciso “trabalhar de forma conjunta com políticas de inclusão, com as forças de segurança, a Justiça e o Serviço Penitenciário”.

Randazzo reconheceu o aumento das situações violentas no país horas depois que a presidente, Cristina Kirchner, assegurou que, com relação ao assunto, “não há nada novo sob o sol”.

“Os fatos delitivos não começaram há dois anos. Os crimes passionais… Parece que agora descobriram os crimes passionais: nada novo sob o sol”, sustentou a governante nesta quinta-feira durante a inauguração de duas novas formações de trens, ato no qual esteve acompanhada por Randazzo.

“Em uma coisa tão sensível como esta, não se deve buscar uma janela mesquinha, estúpida, perante a dor do povo”, afirmou hoje o ministro do Interior e Transporte, para quem a segurança é uma área na qual se deve trabalhar sem especulações e sem tentar tirar “vantagens partidárias”.

A insegurança é uma das principais preocupações da sociedade argentina, especialmente na província de Buenos Aires, onde houve um aumento pela intensificação da violência perante o avanço do narcotráfico em todo o país.

O governador Daniel Scioli iniciou há duas semanas um plano de emergência em segurança pública para frear os delitos violentos, que prevê a reincorporação de policiais aposentados, o aumento de patrulhas na rua e mais equipamentos para as forças de segurança. EFE

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