Ministro belga revela que foram frustrados atentados no país
Bruxelas, 11 jan (EFE).- O ministro da Justiça da Bélgica, Koen Geens, garantiu neste domingo que atentados no país foram frustrados, sem dar detalhes sobre que incidentes poderiam ter acontecido.
“Nós impedimos mais atentados do que comentamos, mas não posso dizer mais”, disse o titular da pasta, em entrevista a emissora “RTBF”.
A informação é divergente com o que disse na quinta-feira ministro do Interior, Jan Jambon, que anunciou que, após os ataques de Paris, o alerta das autoridades se manteria em nível 2, de quatro existentes, pois não havia sido frustrado nenhum ataque recente.
Durante entrevista na mesma emissora, Jambon admitiu, no entanto, que o risco de ataques na Bélgica existiam, e que cerca de 350 jihadistas retornaram recentemente ao país, vindos da Síria, número considerado por ele como “enorme”.
A Bélgica é o país, por número de habitantes, mais afetado pelo fenômeno chamado de “combatentes estrangeiros” europeus, que partem em direção as zonas de conflito da Síria ou Iraque, para depois voltar ao Velho Continente, radicalizados.
O ministro da Justiça, por sua vez, afirmou à emissora “VTM” que o governo belga decidirá na próxima quarta-feira se realizará mais escutas telefônicas, com objetivo de monitorar pessoas que estariam se utilizando de discurso terrorista.
Neste domingo, a redação do jornal francófono “Le Soir”, em Bruxelas, foi evacuada após o recebimento de uma ameaça de bomba, informou o próprio meio em seu site.
O jornal recebeu um telefonema em tom ameaçador às 11h30 (de Brasília) em nome da “extrema esquerda” em que disseram “sua redação vai explodir. Vocês não nos levam a sério”.
A pessoa que ligou disse estar farta de tanta cobertura do massacre à revista satírica francesa “Charlie Hebdo” em Paris, que deixou 12 mortos, e disse que esta tinha sido alimentada pela “extrema direita”. EFE
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