Ministro da Justiça pedirá extradição de Pizzolato à Itália
Brasília, 5 fev (EFE).- O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedirá ao governo da Itália a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, o único foragido entre os condenados no julgamento do mensalão, e que foi detido nesta quarta-feira nesse país.
“É nosso dever, assim o faremos. Uma vez que há mandado de prisão, comunicaremos ao Supremo da prisão e tomaremos todas as medidas necessárias”, afirmou Cardozo em entrevista coletiva.
O ex-diretor do Banco do Brasil foi detido na cidade de Maranello por policiais italianos em uma operação coordenada com as autoridades brasileiras, disseram à Agência Efe fontes da Polícia Federal, que não deram mais detalhes.
Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e fraude, e que tem nacionalidade italiana, deixou o Brasil no final do ano passado pouco antes que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenasse sua prisão.
Os advogados de defesa de Pizzolato indicaram que seu cliente alegava que foi injustamente condenado no Brasil.
A PF informou então que, apesar da dupla nacionalidade, o condenado saiu do Brasil com um passaporte falso e, por isso, incluiu seu nome entre as pessoas mais procuradas pela Interpol em 190 países.
Pizzolato é um dos 25 condenados no julgamento do mensalão. Em sua atividade política, se destacou como um dos líderes sindicais do setor bancário na década de 1980 e fundador do PT no Paraná. EFE
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