Ministro da Saúde diz que política de bloqueio de fronteiras é ineficiente, com ebola incubada

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2014 19h16
Elza Fiuza/ Agência Brasil Ministro da Saúde Arthur Chioro fala sobre primeiro caso suspeito de ebola no Brasil

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta, Arthur Chioro, ministro da Saúde, explicou que, durante o período de incubação do ebola (antes de a doença se manifestar em sintomas), o vírus não é transmitido. “Então a política de bloqueio de fronteiras é ineficiente”, disse. “Muitos poderão chegar ao Brasil em período de incubação.”

“Daí a importância do levantamento de hipótese de diagnóstico”, afirmou o ministro. Por isso, garantiu Chioro, a informação de que cidade argentina o paciente com suspeita de ebola no Brasil esteve antes não é importante do ponto de vista sanitário e epidemiológico.

Souleymane Bah, 47 anos, que foi internado em Cascavel (PR) e agora está na Fiocruz, no Rio de Janeiro, não era transmissor até quarta-feira, quando passou a apresentar sintomas da doença. O paciente veio da Guiné, pais do qual é natural.

O ministro afirmou também que Bah disse à equipe médica que não teve contato com infectados durante sua estadia no país africano, onde o surto da doença já matou mais de 4 mil pessoas. “Ele disse que não tem parentes na Guiné que tenham sido acometidos pelo ebola, tampouco tenham morrido por causo do vírus.”

Chioro disse ainda que o risco de transmissão do Brasil é baixo, mas que se deve “aperfeiçoar cada vez mais a capacidade de resposta e de controle” e que a possibilidade de fechar as fronteiras está descartada, até pela questão do encubamento do vírus, que pode esconder a doença.

Os resultados dos exames do paciente com suspeita de ebola no País devem sair até este sábado pela manhã, entre 8h e 9h, 24 horas depois da coleta de sangue de Bah.

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