Ministro da Saúde diz que política de bloqueio de fronteiras é ineficiente, com ebola incubada
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta, Arthur Chioro, ministro da Saúde, explicou que, durante o período de incubação do ebola (antes de a doença se manifestar em sintomas), o vírus não é transmitido. “Então a política de bloqueio de fronteiras é ineficiente”, disse. “Muitos poderão chegar ao Brasil em período de incubação.”
“Daí a importância do levantamento de hipótese de diagnóstico”, afirmou o ministro. Por isso, garantiu Chioro, a informação de que cidade argentina o paciente com suspeita de ebola no Brasil esteve antes não é importante do ponto de vista sanitário e epidemiológico.
Souleymane Bah, 47 anos, que foi internado em Cascavel (PR) e agora está na Fiocruz, no Rio de Janeiro, não era transmissor até quarta-feira, quando passou a apresentar sintomas da doença. O paciente veio da Guiné, pais do qual é natural.
O ministro afirmou também que Bah disse à equipe médica que não teve contato com infectados durante sua estadia no país africano, onde o surto da doença já matou mais de 4 mil pessoas. “Ele disse que não tem parentes na Guiné que tenham sido acometidos pelo ebola, tampouco tenham morrido por causo do vírus.”
Chioro disse ainda que o risco de transmissão do Brasil é baixo, mas que se deve “aperfeiçoar cada vez mais a capacidade de resposta e de controle” e que a possibilidade de fechar as fronteiras está descartada, até pela questão do encubamento do vírus, que pode esconder a doença.
Os resultados dos exames do paciente com suspeita de ebola no País devem sair até este sábado pela manhã, entre 8h e 9h, 24 horas depois da coleta de sangue de Bah.
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