Ministro diz que Israel não mudará status religioso do Monte do Templo

  • Por Agencia EFE
  • 12/11/2014 11h39
  • BlueSky

Jerusalém, 12 nov (EFE).- O ex-chefe do serviço secreto e ministro de Ciência e Tecnologia de Israel, Yacov Pery, disse nesta quarta-feira que o governo não tem intenção de alterar o status quo religioso de Jerusalém e ressaltou que as visitas de judeus ao Monte do Templo ocorrem desde 1967.

“Chegou o momento de deixarmos claro que não vamos mudar o status quo no Monte do Templo”, afirmou. O ministro argumentou que todos precisam entender que o local, também conhecido como Esplanada das Mesquitas, é o “mais sagrado para o judaísmo”.

Em um encontro realizado hoje com membros da Associação de Imprensa Estrangeira (FPA), o membro do gabinete ministerial para assuntos de segurança defendeu, no entanto, que os líderes israelenses não visitem o local em momentos de tensão, como a vivida na região desde junho.

As recentes visitas de ativistas ultradireitistas e as exigências para que os judeus possam rezar na esplanada pioraram o ambiente em Jerusalém, que vive um de seus períodos de maior tensão na última década.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, acusou ontem Israel de levar a região para uma “devastadora guerra religiosa” e garantiu que os palestinos “defenderão” a Esplanada das Mesquitas.

Para Pery, veterano conhecido dos principais dirigentes palestinos e que acaba de retornar da Jordânia, onde abordou com funcionários deste país e da ANP a atual situação, este tipo de declaração significa “jogar gasolina no fogo”.

Sobre a proibição das visitas ao Monte do Templo, o ministro israelense afirmou que nada pode ser feito para impedir isso, pois desta forma se violaria o direito à liberdade de culto.

O Supremo Tribunal de Israel referendou esse direito no passado e, na prática, apenas a polícia pode aplicar uma proibição temporária de acesso por motivos de segurança.

Pery argumentou que as visitas ao local sagrado não significam uma alteração do status quo religioso na região porque são realizadas desde 1967, quando Israel ocupou o leste de Jerusalém e a Cisjordânia. EFE

elb/dk

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.