Ministro dos Esportes do Japão renuncia após polêmica do estádio olímpico
Tóquio, 25 set (EFE).- O ministro dos Esportes do Japão, Hakubun Shimomura, apresentou nesta sexta-feira sua renúncia pelo escândalo do estádio olímpico para os Jogos de Tóquio, em 2020, mas poderá permanecer no cargo até a reforma ministerial prevista para o próximo mês.
Shimomura decidiu assumir a responsabilidade por ter causado “preocupação e problemas para muita gente” por causa do projeto original do estádio que foi rejeitado, explicou em entrevista coletiva o ministro, que também é o titular de Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia.
O projeto original para o estádio foi descartado em julho pelo governo depois que seu custo de construção atingiu quase o dobro do orçado inicialmente, e após receber uma inundação de críticas por sua magnitude excessiva e a seu design pouco adaptado ao entorno.
Na quinta-feira, um painel independente designado pelo Executivo apontou o Ministério dos Esportes e o Conselho de Esportes do Japão (JSC, sigla em inglês), um órgão público que é proprietário do recinto olímpico, como responsáveis por não terem planejado devidamente a construção do novo estádio.
Apesar de sua renúncia, espera-se que Shimomura permaneça no cargo até a primeira ou a segunda semana de outubro, quando o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, deve anunciar uma reforma de seu Gabinete, disseram fontes governamentais à agência local “Kyodo”.
O diretor-geral de Esportes do Japão, Kimito Kubo, também renunciou a seu cargo no final de julho por causa da polêmica em torno do estádio.
O governo abriu uma nova licitação para escolher o projeto daquela que será a principal sede de competições dos Jogos de 2020. Está previsto que a construção do novo estádio comece no final de 2016 e que a infraestrutura esteja pronta até o início de 2020. EFE
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