Ministro dos Transportes declara “não saber” quanto a pasta possui para gastar e nega paralisação de obras

Ministro dos Transportes

O ministro dos Transportes admitiu que obras foram interrompidas no país, mas depois se arrependeu da declaração e voltou atrás, dizendo que não há atrasos. Em audiência no Senado, Antônio Carlos Rodrigues citou o impacto do ajuste fiscal e da crise desencadeada pela Operação Lava Jato.

Ele declarou que nunca esperava chegar em maio sem saber o quanto a pasta poderia gastar. O ministro teme faltar dinheiro para obras de manutenção. “Eu não sei quanto eu tenho no bolso, eu não sei quanto eu posso gastar. A grande preocupação nossa é ter recursos para manutenção. Eu nunca esperava chegar no início de maio, sem saber o que eu tenho de recursos”, desabafou.

Depois, em conversa com jornalistas, Antônio Carlos Rodrigues afirmou que não existem obras paradas no país: “estão em andamento, em fase de ajuste”.

Eliseu Padilha, da Aviação Civil, afirmou que apenas os aeroportos de Porto Alegre, Salvador e Florianópolis serão concedidos agora à iniciativa privada.

“Na nossa visão serão três aeroportos. A palavra final é da presidenta Dilma. (…) Assim que tenhamos licenças ambientais e eu tenha a definição da liberação dos valores, nós vamos para a licitação”, explicou.

O ministro Eliseu Padilha não admitiu, mas a Infraero está deficitária e precisa manter receitas, o que não seria possível novas privatizações.

De acordo com o Sindicato das Indústrias da Construção Naval, o setor já cortou 10 mil postos de trabalho e outros 30 mil correm risco.