Ministro israelense defende uso de “todos os meios” para defender cidadãos
Jerusalém, 16 jul (EFE).- O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta terça-feira que se deve empregar todos os meios possíveis para garantir a segurança dos cidadãos de seu país diante dos ataques com foguetes das milícias palestinas de Gaza.
Em uma breve discurso feito em um hospital ao lado de Borge Brende, chanceler norueguês, Lieberman afirmou que apenas “pelo ar” não é possível “neutralizar” a ameaça que os foguetes de Gaza representam.
Desde o início da ofensiva, as milícias palestinas dispararam mais de 1.200 foguetes da Faixa de Gaza, dos quais mil atingiram solo israelense. Já o exército de Israel atacou mais de 1.750 alvos palestinas.
“Não há país no mundo que possa aceitar o disparo de foguetes, nem Estados Unidos, nem Rússia, Reino Unido e França. É nossa obrigação primordial garantir a segurança dos cidadãos israelenses e adotar todos os meios necessários para esse fim”, declarou aos jornalistas em um dos corredores do hospital, que recebeu vários feridos pelo disparo de projéteis de Gaza.
Lieberman agradeceu ao chefe da diplomacia norueguesa por “apoiar Israel neste momento crítico”. Brende disse que “é primordial conseguir um cessar-fogo para impedir os ataques do Hamas e o sofrimento pessoal na Faixa de Gaza”, e frisou que a Noruega faz parte de um grupo de países doadores à Palestina.
O chanceler israelense acusou o movimento islamita palestino de utilizar a população civil como “escudos humanos”.
“Não queremos construir novos assentamentos em Gaza, mas assegurar de toda a forma possível as vidas dos cidadãos de Israel”, acrescentou.
Desde que se iniciou em 8 de julho a ofensiva bélica “Limite Protetor”, mais de 200 palestinos morreram e 1.500 ficaram feridos em bombardeios do exército israelense.
Ontem morreu o primeiro cidadão de nacionalidade israelense pelo impacto de um foguete. A vítima distribuía comida entre os soldados na passagem fronteiriça de Erez, ao norte de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem à noite que o Hamas não “deixou outra opção senão intensificar suas ações” contra o movimento islamita, embora não esclareceu de que forma se ampliará a ofensiva militar em Gaza. EFE
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