Ministros da Otan concordam em impulsionar mais medidas de defesa coletiva

  • Por Agencia EFE
  • 01/04/2014 15h06
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Bruxelas, 1 abr (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores da Otan chegaram a um acordo nesta terça-feira para desenvolver “com urgência” mais medidas para intensificar a defesa coletiva, que poderiam incluir desbobramentos ou o reforço de efetivos militares no leste da Europa, após a intervenção da Rússia na Crimeia.

“A Aliança desenvolverá como um assunto urgente uma série de medidas adicionais para reforçar a defesa coletiva da Otan”, indicaram a respeito fontes aliadas, que agregaram que as mesmas “poderiam incluir possíveis desdobramentos ou reforços dos ativos militares dos aliados nos países-membros do Leste”.

Essas medidas também poderiam incluir a revisão dos exercícios de formação a curto prazo, o aumento do nível de disposição das forças da Otan e a revisão e atualização dos planos militares da Aliança.

As fontes acrescentaram que o comandante supremo aliado na Europa, o general americano Philip Breedlove, deve fazer recomendações concretas sobre essas medidas e disseram que esperam resultados “nas próximas semanas” ou, como assinalaram fontes diplomáticas, neste mesmo mês de abril.

Por enquanto, uma dezena de aviões dos Estados Unidos reforçaram a missão de vigilância aliada nos países bálticos, enquanto foram enviados à Polônia e Romênia aparatos AWACS, que contam com um radar que alcança 450 quilômetros, de modo que, sem entrar no espaço aéreo ucraniano, podem controlar qualquer movimento nessa zona.

Além dos Estados Unidos, ofereceram suas contribuições países como Polônia, Alemanha, França, Reino Unido, Portugal e Turquia.

“Seguiremos proporcionando um reforço apropriado e garantias visíveis da coesão e o compromisso da Otan com a dissuasão e defesa coletiva contra qualquer ameaça de agressão à Aliança”, destacaram os ministros em sua declaração.

Em paralelo, confirmaram a suspensão, já estipulada em nível de embaixadores, de toda a cooperação prática civil e militar com a Rússia, apesar de que manterão abertos os canais diplomáticos com esse país.

Os ministros também sublinharam que revisarão suas relações com Moscou na próxima reunião que manterão em junho.

Os ministros condenaram mais uma vez a “intervenção militar ilegal” da Rússia na Crimeia e asseguraram que não reconhecem sua tentativa “ilegal e ilegítima de anexar” essa região.

Nesse sentido, os responsáveis ressaltaram que a meta de uma região euroatlântica “inteira, livre e em paz” não mudou, embora “tenha sido desafiada fundamentalmente pela Rússia”.

Os ministros, que também participaram de uma comissão OTAN-Ucrânia com o titular das Relações Exteriores desse país, Andrei Deschitsa, mostraram seu “compromisso” com Kiev, ao concordar intensificar sua cooperação e implementar medidas tanto imediatas como a longo prazo para fortalecer sua capacidade de defesa ou a reforma de suas instituições militares.

Além disso, fontes militares manifestaram que haverá exercícios conjuntos entre tropas da Ucrânia e países da Otan, mas que serão em nível bilateral ou multilateral e não no marco da organização. EFE

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