Ministros de Finanças de China e Japão se reúnem pela 1ª vez desde 2012

  • Por Agencia EFE
  • 06/06/2015 14h05

Pequim, 6 jun (EFE).- Os ministros de Finanças da China, Lou Jiwei, e do Japão, Taro Aso, realizaram neste sábado a quinta edição do diálogo bilateral de alto nível no âmbito econômico, a primeira desde 2012 e que foi atrasada por dois anos pelo aumento das tensões entre os países.

Segundo informou hoje a agência oficial chinesa “Xinhua”, este encontro acontece após o que aconteceu em abril de 2012 em Tóquio e está previsto que tenha continuidade no próximo ano na capital japonesa.

Ambos ministros mostraram seu compromisso em aprofundar a comunicação e coordenação de sua política macroeconômica e em manter consultas sobre os assuntos mais relevantes da economia internacional, segundo a “Xinhua”.

Além disso, destacaram a necessidade de aumentar seus laços econômicos e potencializar tanto o comércio como o investimento, assim como aumentar a cooperação em finanças, impostos, seguridade social e gestão da dívida pública.

“Como vizinhos, a paz e a amizade são aspirações mútuas dos povos dos dois países. Uma relação amistosa entre China e Japão conduzirá ao desenvolvimento econômico da Ásia”, disse Lou, em declarações recolhidas pela agência chinesa.

Os diálogos bilaterais sobre finanças entre China e Japão foram interrompidos pelo agravamento da disputa sobre a soberania das ilhotas conhecidas como Diaoyu em mandarim (e Senkaku em japonês) que se seguiu à nacionalização do arquipélago por parte de Tóquio em setembro de 2012.

Desde então, as relações diplomáticas entre os países esfriaram, embora nos últimos meses tenham dado sinais de reconciliação como a reunião entre o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim em novembro do ano passado no marco da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

No entanto, as relações sino-japonesas seguem estando afetadas por frequentes trocas de acusações entre Pequim e Tóquio pela soberania das ilhas que disputam ou, recentemente, pela lembrança da guerra que ambos países travaram entre 1937 e 1945.

Xi advertiu no final de maio que não aceitaria nenhuma “distorção” da história sobre a invasão japonesa do gigante asiático na Segunda Guerra Mundial, em discurso perante milhares de empresários e políticos japoneses que tinham ido a Pequim para promover uma melhora das relações entre ambos países.

No campo econômico, China e Japão mostraram também suas diferenças nos últimos meses, nos quais o gigante asiático acelerou o lançamento do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), do qual o Japão não faz parte.

A terceira economia mundial, por sua parte, iniciou uma aproximação ao Acordo de Associação Transpacífico (TPP), promovido pelos Estados Unidos e no qual não está a China. EFE

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