Ministros de Relações Exteriores da França, Alemanha e Polônia vão para Kiev
Paris, 19 fev (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores da França, Alemanha e Polônia viajarão na quinta-feira a Kiev para acompanhar a situação vivida na Ucrânia, imersa em graves distúrbios, anunciou o Ministério de Exteriores da França.
“Sem demora, decidi com meus colegas polonês e alemão viajar amanhã de manhã a Kiev para recolher as primeiras informações antes da reunião de Bruxelas marcada para tarde”, disse o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, após o conselho franco-alemão que aconteceu hoje em Paris.
Fabius, que irá acompanhado de seus colegas alemão, Frank-Walter Steinmeier, e polonês, Radoslaw Sikorski, acrescentou que “todo o mundo tem que se mobilizar pacificamente para recuperar o diálogo e favorecer uma solução” na Ucrânia, onde as forças de segurança e a oposição ao presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, se enfrentam nas ruas, onde já morreram 25 pessoas.
Após a viagem relâmpago a Kiev, os três ministros participarão pela tarde em Bruxelas da reunião de titulares das Relações Exteriores da UE convocada pela chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, para estudar eventuais sanções ao Governo de Viktor Yanukovich.
“Os responsáveis não podem ficar impunes”, declarou Fabius depois de se reunir em Paris com seu colega americano John Kerry.
O chefe da diplomacia francesa disse que essas sanções devem ser “individuais” e dirigidas a pessoas concretas.
Kerry também expressou seu desejo de que a situação no país se acalme.
França e Alemanha pediram sanções contra os responsáveis da repressão na Ucrânia, após o conselho de ministros bilateral que presidiram hoje em Paris o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
“Os que cometeram esses atos, os que se preparam para cometer outros, devem saber que serão sancionados”, declarou Hollande, que qualificou de “intoleráveis e inadmissíveis” os atos violentos.
No mesmo sentido se pronunciou Merkel, que considerou que “as sanções não são suficientes”, por isso que “é preciso relançar um processo político” e multiplicar os contatos, “principalmente na direção da Rússia”. EFE
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