Ministros e assistentes de Dilma eram alvos de espionagem dos EUA, mostram documentos

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2015 09h08
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Dilma Rousseff era alvo de interceptações mesmo durante ligações do avião presidencial

Reprodução/Wikileaks Dilma Espionagem

O site americano Wikileaks publicou neste sábado (04) novos documentos que revelam táticas de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. Desta vez, foi divulgada uma lista de 29 números de telefones de agentes do governo brasileiro que sofriam espionagem intensiva durante o início do primeiro mandato de Dilma.

De acordo com as informações, não só Dilma Rousseff era alvo de interceptações mesmo durante ligações do avião presidencial, como também seus assistentes e ministros. A lista mostra que a atenção da NSA estava voltada para pessoas de altos cargos da economia e diplomacia brasileira.

O editor chefe do Wikileaks, Julian Assange disse que a visita de Dilma aos Estados Unidos é colocada em cheque com esses novos dados. “Se a presidente Dilma Rousseff quer ver mais investimento dos EUA no Brasil com sua recente viagem, como ela pode assegurar a empresas brasileiras que os norte-americanos não têm uma vantagem proporcionada por esta vigilância[?]”, questionou.

Na lista estão o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que na época ocupava o cargo de secretário executivo do Ministério da Fazenda; Luiz Balduíno, secretário de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda; um homem com nome Carvalho, que pode ser Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, chefe de gabinete do ministro da Fazenda até janeiro de 2011; e Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor da área Internacional do Banco Central.

Da área diplomática aparecem Marcos Raposo, embaixador no México e chefe do cerimonial da Presidência da República; André Amado da Subsecretaria de Ambiente e Tecnologia do Itamaraty, Valdemar Leão, assessor financeiro do Itamaraty; Paulo Cordeiro, da Secretaria de Assuntos Políticos do Itamaraty; Roberto Doring, assessor do ministro das Relações Exteriores; o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, então subsecretário-geral de Meio Ambiente e negociador do Brasil nas questões do clima, foi ministro das Relações Exteriores e atualmente é embaixador em Washington; o embaixador Luiz Filipe de Macêdo Soares, representante permanente do Brasil junto à conferência de desarmamento em Genebra; José Maurício Bustani, embaixador na França que antes foi diretor da Organização Internacional para Proibição de Armas Químicas; e o embaixador em Berlim, Everton Vargas.

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