Missão da ONU no Mali destrói 5,7 toneladas de explosivos
Nações Unidas, 30 dez (EFE).- A missão da ONU no Mali descobriu e destruiu no final de semana 5,7 toneladas de explosivos, entre elas 40 granadas e nitrato de amônio, em uma operação conjunta com a Força Serval francesa a 150 quilômetros da cidade de Tessalit, no norte do país.
Segunda informou nesta segunda-feira o porta-voz da Secretaria-Geral da ONU, Martin Nesirky, este é o segundo maior achado de explosivos realizado pela Missão da ONU no Mali (MINUSMA) desde que abriu suas bases em 1 de julho deste ano para conter os grupos armados no norte do país.
A crise no Mali começou em abril de 2012, quando o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA) proclamou de maneira unilateral a independência da região setentrional malinês, depois do golpe de Estado de março desse mesmo ano, liderado pelo general Amadu Haja Sanogo e que pôs um fim no mandato de Amadu Tumani Touré.
A situação acabou desacaminhando quando, em junho de 2012, três grupos salafistas – Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), Monoteísmo e singularidade na África Ocidental (MUYAO) e Ansar al Din- tomaram o controle da região setentrional após derrotar o MNLA e implantaram um sistema de estrita observância islâmica.
Antes da abertura da MINUSMA, concretamente em janeiro de 2012, o Exército francês realizou nas províncias setentrionais do Mali, a pedido de Bamaco, conhecida como operação “Serval”, com o objetivo de expulsar os grupos jihadistas e terroristas que tinham tomado o controle desta zona.
Em novembro aconteceu o encarceramento provisório de Amadou Haya Sanogo, assim como a primeira rodada de votações das eleições que, finalmente, em 18 de dezembro, elegeram como novo presidente do país a Ibrahim Boubacar Keita, do partido Reagrupamento por Mali (RPM).
Pouco antes da última rodada de votações, em 10 de dezembro, a Força Serval matou 19 supostos jihadistas em uma operação militar e quatro dias depois um atentado suicida na cidade de Kidal acabou com a vida de dois soldados senegaleses de MINUSMA. EFE
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