Missionário é condenado à prisão na Espanha por abusar de menor brasileiro

  • Por Agencia EFE
  • 10/12/2014 16h31
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Granada (Espanha), 10 dez (EFE).- Um tribunal de Granada, no sul da Espanha, condenou a dez anos de prisão o missionário Alfonso J.R.O por ter abusado sexualmente, e de forma contínua, de um menor brasileiro.

O religioso também foi acusado de ter praticado o mesmo crime contra uma criança espanhola, mas acabou absolvido. O caso teria ocorrido em 1990 e prescreveu.

Alfonso, que foi professor de religião em três institutos públicos da cidade espanhola, foi enviado como diácono ao Brasil em 1987 pelo Arcebispado de Granada. Pouco depois criou uma associação beneficente que ajudava jovens brasileiros que viajavam à Espanha para estudar.

O menor brasileiro teria sido a segunda vítima de Alfonso. Ele explicou durante o julgamento que conheceu o religioso em 2001, quando tinha oito anos de idade. O missionário se deslocou a uma região pobre do país e começou uma amizade com a família da criança.

Alfonso teria começado os abusos passando a mão no menor, “como se fossem carícias”. Os assédios foram crescendo ao longo dos anos até que, em 2004, quando o menino tinha dez anos, acabou mantendo relações sexuais com o missionário.

O jovem explicou que os diferentes abusos que sofreu no Brasil ocorreram com muita frequência e que seu pai recebia “dinheiro e ajuda” de Alfonso. A prática prosseguiu quando os dois chegaram à Espanha, em 2006, e continuou até 2011, quando deixou o convívio do condenado. As denúncias só foram feitas em 2012.

Ao ter conhecimento das acusações, o Arcebispado suspendeu o missionário de suas funções.

A sentença afirma que foi “absolutamente óbvio o aproveitamento por parte do acusado de uma situação de manifesta e notória superioridade frente à vítima”. Por isso, o condenou a dez anos de prisão.

Alfonso pode recorrer da sentença, que ainda determina uma indenização de 40 mil euros ao jovem brasileiro. EFE

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