Missouri reabre discussão nos EUA após nova aplicação de pena de morte
Washington, 6 ago (EFE).- Michael Worthington, condenado a morte por estuprar e matar Melinda Griffin, uma vizinha em 1995, foi executado esta madrugada no Missouri, Estados Unidos, reabrindo a polêmica da pena de morte depois do caso do Arizona.
Esta é a primeira execução no Missouri após a polêmica levantada sobre os compostos usados na injeção letal aplicada em 23 de julho no Arizona. Na ocasião, um preso agonizou por duas horas, em vez dos dez minutos previstos, até morrer, em um caso semelhante ao que aconteceu em Ohio há seis meses.
Dessa vez, o preso foi condenado à pena de morte em janeiro de 1999 pelo crime cometido no condado de Saint Charles, tentando se matar em seguida. Com a morte de Worthington, o Missouri soma sete execuções, um recorde desde 2001, que junto ao Texas e à Flórida lideram a lista de estados que aplicaram a pena em 2014, com um total de 21, das 27 previstos para este ano.
Entre as causas que explicam o crescente volume de execuções estão resoluções de casos pendentes, recursos negados, e nomeação de juízes conservadores em níveis nacional e federal. Desde 1976, 1.385 pessoas foram executadas nos Estados Unidos e 3.070 estão condenadas à espera do cumprimento da pena.
Com as recentes polêmicas levantadas contra da injeção letal como “um método eficaz e justo”, segue o debate sobre a exigência de vingança social contra os criminosos e a Oitava Emenda da Constituição americana que diz que “não haverá punições cruéis e incomuns”. A pena de morte, restabelecida pela Corte Suprema de Justiça em 1976, é aplicada em 32 estados do país. EFE
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