Moçambique comemora 40 anos de independência apelando à união nacional

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 10h27
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Maputo, 25 jun (EFE).- A República de Moçambique comemora nesta quinta-feira seus 40 anos de independência de Portugal em meio a pedidos de paz e união nacional por parte do governo comandado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“Não existe futuro algum para uma nação dividida pelas ambições de poder ou quando pesa sobre ela as ameaças de guerra ou violência. A união nacional sob uma única bandeira é tão vital quanto o ar que respiramos”, disse Filipe Jacinto Nyusi, o quarto presidente do país, em seu discurso pela data.

A intenção de Nyusi era mandar um recado ao principal partido opositor, Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que nos últimos meses pôs sobre a mesa um plano para dotar de maior independência às regiões nas quais obteve mais votos do que a Frelimo nas eleições de outubro.

Apesar de esta proposta ter sido derrubada em abril pela Assembleia da República – com maioria da Frelimo -, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, continuou alimentando o debate afirmando que o projeto das regiões autônomas é irreversível.

Ao discursar, Nyusi insistiu que a paz é um dos maiores bens do país e implica “justiça social, igualdade de oportunidades, respeito às diferenças e legitimidade dos dirigentes escolhidos democraticamente”.

O ato comemorativo foi realizado no estádio da Machava, mesmo lugar onde o primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel, proclamou a independência em 25 de junho de 1975.

Antes da cerimônia, Nyusi colocou flores na Praça dos Heróis em homenagem aos combatentes que participaram da guerra de libertação.

As comemorações pelo 40º aniversário começaram em abril na região de Cabo Delgado, no norte do país, onde teve início a luta contra o colonialismo português em setembro de 1964. Além disso, durante os últimos meses, uma tocha simbolizando a união nacional percorreu as 11 províncias de Moçambique até chegar a Maputo, a capital.

Após a independência do país, os partidos Frelimo e Renamo se enfrentaram em uma sangrenta guerra civil, que durou 16 anos e deixou cerca de 1 milhão de mortos. Ambas as formações assinaram o Acordo de Paz de Roma, em 1992, com o qual puseram fim às hostilidades e, desde então, a Frelimo governa o país. EFE

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