Monsenhor do Vaticano enfrenta agora acusação de lavagem de dinheiro

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2014 12h46
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Roma, 21 jan (EFE).- O monsenhor Nunzio Scarano, um ex-contador de alto escalão no Vaticano detido em junho por lavagem de dinheiro, voltou nesta terça-feira a receber uma nova ordem de detenção domiciliar por mais acusações, sempre com relação às irregularidades cometidas na gestão do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o Banco do Vaticano.

Junto com Scarano, ex-responsável do serviço de contabilidade da Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (APSA), também foi detido um pároco de Salerno Luigi Noli.

Além disso, a Guarda de Finanças (polícia financeira italiana) confiscou alguns bens imóveis e contas correntes, que somam cerca de seis milhões de euros em bancos italianos.

Embora fontes judiciais citadas pelos meios de comunicação especificaram que no caso da ordem de confisco das contas correntes do Banco Vaticano foi emitida uma carta rogatória, já que se trata de outro Estado, e que espera-se ainda a resposta da Santa Sé a respeito.

Segundo as investigações, Scarano se ocupava de uma ampla rede de lavagem de dinheiro que fazia falsas doações para os pobres.

As investigações comprovaram que a rede de Scarano era responsável por “falsas doações” feitas por empresas estrangeiras que foram movimentadas por meio das contas do mesmo no Banco do Vaticano, formalmente conhecido como Instituto para Obras de Religião (IOR).

Em junho, Scarano foi detido e colocado sob prisão domiciliar junto com o ex-agente dos serviços secretos internos italianos (AISI) Giovanni Maria Zito e Giovanni Carenzio, um intermediário financeiro cuja atividade tem sede nas ilhas Canárias (Espanha).

Scarano está sendo julgado pela acusação de conspirar para enviar cerca de 20 milhões de euros da Suíça para ricos amigos do ramo de estaleiros em Salerno, próximo de Nápoles. EFE

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