Montagem de automóveis na Venezuela cai 72,46% em 2014

  • Por Agencia EFE
  • 15/01/2015 22h47

Caracas, 15 jan (EFE).- A produção de veículos na Venezuela sofreu uma queda de 72,46% em 2014 em relação aos números alcançados em 2013, informou a Câmara Automotiva da Venezuela (Cavenez) em um relatório publicado em seu site nesta quinta-feira.

A Cavenez, que reúne Ford, Chrysler, Toyota, General Motors e outras três unidades, montou ao longo de 2014 um total de 19.759 veículos, frente aos 71.753 do ano anterior.

A General Motors, que produz 13 modelos diferentes, foi a unidade de montagem que alcançou a maior produção, com 5.711 unidades, seguida pela Ford Motor, com 4.900, e MMC Automotivo, responsável pela Mitsubishi, com 3.785, segundo o relatório.

A Toyota (3.280) e a Chrysler (1.510) são as outras duas unidades de montagem que superaram mais de mil veículos produzidos em suas fábricas na Venezuela.

A Iveco e a Mack foram as marcas que produziram o menor número de unidades, com 393 e 180, respectivamente.

Onze dos doze meses do ano passado registraram uma queda na produção de veículos na Venezuela, menos dezembro, quando a montagem de automóveis e caminhões teve um aumento de 165,645% em relação ao mesmo mês de 2013, passando de 1.787 para 4.747 unidades.

As empresas do setor continuam com problemas para receber as divisas necessárias para importar equipamentos, em um país onde existe um controle do câmbio que desde 2003 deixa em mãos do Estado o monopólio da administração da moeda estrangeira.

A crise da indústria, com uma capacidade instalada de 250 mil veículos anuais, foi qualificada pelos membros do setor como a pior já vivida no país.

O governo venezuelano se reuniu em várias ocasiões com representantes do setor para tentar amenizar a crise.

A Venezuela atravessa uma complicada situação econômica e, segundo dados do Banco Central, entrou tecnicamente em recessão após ser divulgado que nos três primeiros trimestres de 2013 o Produto Interno Bruto caiu 4,8%, 4,9% e 2,3%.

A situação no setor se complicou nas últimas semanas com a forte queda do preço do petróleo, produto por meio do qual a Venezuela, com as maiores reservas de petróleo do planeta, consegue mais de 90% de seus dólares, divisa necessária para cobrir o pagamento das importações de produtos. EFE

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