Monumento será erguido em homenagem às vítimas de massacre do Arizona

  • Por Agencia EFE
  • 07/01/2014 00h59

Tucson (EUA), 6 jan (EFE).- A comunidade de Tucson (Arizona, Estados Unidos) vai construir um monumento em homenagem às vítimas do massacre de 8 de janeiro de 2011, quando seis pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas, entre elas a ex-congressista Gabrielle Giffords, explicou nesta segunda-feira o deputado e sobrevivente do ataque, Ron Barber.

O histórico edifício da antiga Corte do Condado de Pima, no centro da cidade, será o lugar permanente de um monumento para lembrar as vítimas e sobreviventes do ataque, que reviveu em nível nacional o debate sobre o controle da venda de armas de fogo, especialmente para pessoas que sofrem de transtornos mentais.

Nesse sentido, Barber, atual congressista do Arizona, reconheceu que, apesar dos esforços feitos, não se pôde chegar a um acordo para estabelecer regulações mais rigorosas sobre o controle da venda de armas de fogo nos Estados Unidos.

“É um grande desafio, tivemos uma legislação no Senado, que foi apoiada pela maioria, estabelecendo um controle mais rígido com uma ampla verificação de antecedentes para a compra de armas. No Congresso, apresentamos uma iniciativa similar e tenho esperanças que possamos conseguir algo”, disse Barber em declarações à Agência Efe.

No dia 8 de janeiro de 2011, a então congressista Gabirelle Giffords estava em uma reunião pública em Tucson com o propósito de recolher as opiniões e preocupações de seus cidadãos e levá-las depois ao Congresso, em Washington.

Às 10h10 locais, Jared Lee Joughner se apresentou no centro comercial e disparou a sangue frio contra Gabrielle e outras pessoas que se encontravam no lugar.

O resultado do ataque: seis mortos, entre eles, Christina Taylor Green, de nove anos, e o ex-juíz federal, John Roll, enquanto outras 13 pessoas ficaram gravemente feridas.

Gabrielle, que foi atingida na cabeça, passou meses se recuperando do ataque através de um intenso tratamento físico em um hospital de Houston (Texas, EUA.). Um ano depois, anunciou sua retirada da política.

Em novembro de 2012, Loughner, que sofre de esquizofrenia, foi sentenciado à prisão perpétua.

Após o ataque, a comunidade de Tucson realizou várias demonstrações de apoio às vítimas e aos sobreviventes e, durante semanas, colocou velas, bonecos de pelúcia, flores, cartas e mensagens nos arredores do hospital onde os feridos eram atendidos, assim como nas portas do escritório de Gabrielle e do centro comercial onde ocorreu o ataque.

Todos estes objetos foram recolhidos posteriormente e, agora, farão parte do monumento permanente. Uma campanha será iniciada para o recolhimento de doações púbicas e privadas para a construção do mesmo, mas ainda não há uma data para a inauguração.

“Após quase três anos desta tragédia, finalmente teremos um lugar permanente para render homenagens, não só às pessoas que faleceram, mas também para que sirva como uma lembrança de que coisas como estas não voltem a ocorrer”, disse hoje à Efe o supervisor do Condado de Pima, no sul de Tucson, Richard Elías.

“Acho que nestes três anos, várias coisas mudaram. As pessoas agora estão mais inteiradas sobre as terríveis consequências que podem ocorrer quando a pessoa errada tem uma pistola em suas mãos”, acrescentou. EFE

ml/rpr

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