Morales se sente “orgulhoso” por defesa perante a CIJ

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h26

La Paz, 6 mai (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que ele e seu país se sentem “muito orgulhosos” pela argumentação da equipe boliviana nesta quarta-feira perante a Corte de Haia e esperm uma “sábia decisão” do tribunal na controvérsia que mantêm com o Chile por uma saída ao mar.

“Expresso com muita alegria, muita emoção e especialmente digo que me sinto orgulhoso e nos sentimos orgulhosos por nossa delegação, pela excelente exposição, pela defesa dos advogados nacionais e internacionais nesta reivindicação”, declarou Morales aos meios de comunicação no Palácio do governo de La Paz.

O governante fez suas declarações ao término da apresentação dos advogados da Bolívia na segunda audiência de alegações orais convocada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia para tratar o pedido chileno que o tribunal se declare incompetente para decidir sobre a reivindicação boliviana.

Desde a madrugada, Morales e seus ministros seguiram no Palácio de governo a transmissão da audiência.

“Só quero dizer que o povo boliviano e o mundo inteiro esperam com muita confiança por uma sábia decisão da Corte Internacional de Justiça”, acrescentou.

O presidente reiterou que a seu país corresponde buscar uma solução pacífica a esta controvérsia com o Chile por razões de história e direito.

A Bolívia processou o Chile perante a CIJ em 2013 na busca de uma decisão que obrigue o país austral a negociar definitivamente e de boa fé a centenária reivindicação boliviana de uma restituição do acesso soberano ao oceano Pacífico perdido em uma guerra em 1879.

Na guerra, a Bolívia perdeu perante tropas chilenas 400 quilômetros de litoral e 120 mil quilômetros quadrados de território.

O Chile, que fez sua apresentação na CIJ na segunda-feira e fará outra amanhã, questiona a competência do tribunal e rejeita a reivindicação boliviana com o argumento de que os limites ficaram liquidados em um tratado assinado em 1904, 25 anos depois da guerra. EFE

ja/ff

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