Morre aos 83 anos Ieng Thirith, ministra do Khmer Vermelho
Phnom Penh, 22 ago (EFE).- A ex-dirigente do Khmer Vermelho, Ieng Thirith, morreu neste sábado aos 83 anos em Pailin, no noroeste do Camboja, onde vivia sob vigilância, informou o tribunal internacional do Camboja.
Thirith, ex-ministra de Assuntos Sociais do regime, foi acusada de crimes de guerra e contra a humanidade pela corte apoiada pelas Nações Unidas que em 2012 suspendeu a causa depois que foi diagnosticada com demência.
Em comunicado, o tribunal afirmou que a ex-dirigente morreu esta manhã na casa onde morava depois que foi libertada sob vigilância judicial, segundo informou à instituição seu guarda legal.
Thirith era a viúva de Ieng Sary, número três do regime comunista liderado por Pol Pot que entre 1975 e 1979 provocou a morte de 1,7 milhão de pessoas por causa de trabalhos forçados, fome, doenças e expurgos políticos.
Sary, que morreu em março de 2013, era junto com sua mulher um dos quatro acusados na causa contra a cúpula do regime, iniciada em 2011 e na qual também figuram o número dois e ideólogo da organização, Nuon Chea, e o ex-chefe de Estado, Khieu Samphan.
Estes dois últimos foram condenados a prisão perpétua em agosto de 2014 por crimes contra a humanidade, na primeira parte do julgamento.
Os dois ex-dirigentes são julgados por genocídio na segunda parte da mesma causa, que o tribunal decidiu separar perante sua complexidade e o temor de que os acusados, de idade avançada e saúde frágil, morressem antes que se pudesse emitir uma sentença.
Ieng Thirity e Ieng Sary foram detidos em setembro de 2007 em sua mansão de um bairro residencial de Phnom Penh na qual passaram seus últimos anos em liberdade.
Pol Pot morreu em 1998 como prisioneiro seus próprios correligionários no último bastião da guerrilha no norte do Camboja. EFE
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