Morre Ben-Ami Ben Israel, lendário dirigente dos “negros hebreus”

  • Por Agencia EFE
  • 28/12/2014 12h48
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Jerusalém, 28 dez (EFE).- Ben-Ami Ben Israel, lendário dirigente dos chamados “Negros hebreus”, morreu neste fim de semana no sul de Israel aos 75 anos, informou neste domingo a edição digital do jornal “Yedioth Ahronoth”.

Ben Israel, nascido em Chicago sob o nome de Ben Carter, morreu sábado na cidade de Dimona, onde vivia há décadas à frente de uma comunidade de afro-americanos de 2.700 pessoas que reivindicam ser descendentes dos bíblicos israelitas.

“Nós amamos Israel com todo nosso coração, servimos em seu exército, e nos consideramos parte integral do Estado de Israel”, disse em entrevista há alguns anos, durante sua batalha para obter a nacionalidade israelense, que só foi concedida há um ano e meio.

A luta de Ben-Ami, que nasceu em uma família cristã batista, começou em 1963 em Chicago com a criação do centro cultural A-Beta Hebraico, com o qual organizou vários grupos de afro-americanos dispostos a emigrar para onde consideravam sua verdadeira pátria.

No final dos anos 60 o primeiro grupo iniciou a viagem a Israel passando pela Libéria em busca de mais ativistas. Na chegada à Terra Prometida as autoridades israelenses só concederam uma visto especial de turista que deveria ser periodicamente renovado.

Após várias décadas, somente em 2003 a comunidade, que defende o vegetariano e a vida ecológica, obteve o reconhecimento das autoridades e a permissão de residência permanente.

“Era uma pessoa extraordinária. É uma grande desgraça para Dimona”, disse hoje o prefeito da cidade, Beni Siton.

A peculiar comunidade, que jejua todos os sábados, é regida por um conselho de 12 sábios denominados “príncipes”, abaixo dos quais se encontram 13 sacerdotes, seguidos por “ministros” e “custódios” que se encarregam das questões administrativas. EFE

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