Morre em Goiânia, aos 91 anos, dom Tomás Balduíno
São Paulo, 3 mai (EFE).- O bispo emérito da cidade de Goiás, dom Tomás Balduíno, reconhecido por sua luta a favor da reforma agrária, dos direitos dos “pobres da terra” e dos indígenas, morreu na noite de ontem, aos 91 anos, em Goiânia, informou neste sábado a Comissão Pastoral da Terra (CPT), órgão do qual foi fundador.
De acordo com a fonte citada, Balduíno morreu em consequência de uma tromboembolia pulmonar no Hospital Neurológico de Goiânia, onde já estava há vários dias internado.
“Dom Tomás Balduíno, o bispo da reforma agrária e dos indígenas, nos deixa seu exemplo de luta, esperança e crença no Deus dos pobres”, afirmou a CPT, organização vinculada ao episcopado brasileiro que durante décadas denunciou a violência relacionada aos conflitos de terra no país.
Sempre ao lado dos mais desfavorecidos, Balduíno acompanhou de perto a criação do “Movimento do Custo de Vida”, assim como a “Campanha Nacional para a Reforma Agrária”, e aparece um ator essencial na criação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ambas vinculadas ao episcopado brasileiro.
Após um longo período divido entre seminários e congressos, em 2003, Balduíno foi designado membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), vinculado ao governo federal, cargo que abandonou pouco tempo depois “ao sentir que pouco ou nada contribuía para as mudanças desejadas pela nação brasileira”.
O corpo de Balduíno será velado na Igreja São Judas Tadeu, na capital goiana, até às 10h de amanhã, domingo, quando será celebrada uma missa em sua homenagem. Posteriormente, o corpo do bispo emérito será levado à catedral de Goiás, onde deverá permanecer até a próxima segunda-feira, data em que o enterro será realizado. EFE
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