Morre empresário Antônio Ermírio de Moraes aos 86 anos
Rio de Janeiro, 25 ago (EFE).- O empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente de honra do Grupo Votorantim, morreu na noite de domingo aos 86 anos por conta de uma insuficiência cardíaca.
O líder, que morreu em sua casa em São Paulo e deixa esposa e nove filhos, será sepultado nesta segunda-feira no Cemitério de Morumbi.
Moraes, um engenheiro metalúrgico que por muitos anos comandou o grupo empresarial fundado por sua família e hoje presente em 20 países, integrou conselhos empresariais escutados por diferentes governante brasileiros e chegou a tentar carreira política em 1986, quando foi derrotado em sua tentativa de ser eleito governador do estado de São Paulo pela União Liberal Trabalhista Social.
Seu interesse pelos problemas do país o inspiraram a escrever e produzir três obras de teatro, nas quais abordou assuntos sociais e que lhe rendeu, junto com outras obras, uma cadeira na Academia Paulista de Letras.
Após se especializar na Colorado School of Mines, nos Estados Unidos, o empresário nascido em São Paulo em 1928 iniciou carreira no Grupo Votorantim em 1949 e foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955.
Durante muitos anos comandou o conglomerado familiar, centrado principalmente no setor do cimento mas que atua em setores como metalúrgico, químico, siderúrgico, bancário, celulose e até alimentos industrializados.
O Grupo Votorantim foi fundado em 1918 pelo pai do empresário falecido, o engenheiro José Ermírio de Moraes, a partir de uma empresa de tecidos.
O grupo, o único de capital privado do Brasil que conta com avaliações das três principais classificadoras de risco do mundo, controla empresas como Votorantim Metais, Companhia Brasileira de Alumínio, a fábrica de celulose Fibria, Votorantim Cimentos, Engemix, Banco Votorantim, Votorantim Agroindústria, Votorantim Energia e Usina Hidrelétrica Salto do Iporanga.
“Com o falecimento do doutor Antônio Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim perde um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores como ética, respeito e empreendimento, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos”, segundo um comunicado divulgado pelo conglomerado.
Sua ação social foi centrada principalmente no Hospital Beneficência Portuguesa, onde foi presidente por 40 anos. EFE
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